O clima esquentou mais uma vez na Câmara de Diadema por causa do projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a celebrar um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF), de R$ 124,8 milhões, para a construção de um novo hospital, e que foi aprovado em segundo turno na sessão desta quinta-feira (30). Vereadores trocaram farpas após a nova votação. Projeto segue para a Prefeitura para sanção e encaminhamento de documentos para o banco público.
A sede do Legislativo estava novamente lotada de grupos favoráveis e contrários a proposta do governo Lauro Michels (PV) que estava na Casa desde o final do ano passado. Vereadores governistas voltaram a defender a proposta devido às condições do atual equipamento localizado no bairro Piraporinha. Enquanto isso, a oposição questionava o planejamento do município para buscar esse financiamento.
Após todo o debate, o resultado da votação foi semelhante ao realizado na semana passada. Com 12 votos favoráveis e oito contrários, a propositura passou pelo crivo da Câmara na segunda votação e segue para que Michels possa sancionar. Mesmo após o resultado, os legisladores continuaram com a troca de farpas.
“Será que o próximo governo vai governar com o mesmo hospital que está aí? Eu tenho certeza que o próximo governo faria o mesmo pedido de empréstimo. Eu, às vezes, tenho algumas divergências com esse governo, mas temos de lembrar que não somos apenas vereadores para votar sim ou não. Com a aprovação, vamos cobrar o prefeito para que faça a obra e entregue um hospital melhor”, disse Audair Leonel (PPS), vereador da base aliada.
“(O voto não) não trata de uma posição contrária (ao projeto). Não teve justificativa sobre a concepção do modelo de saúde pública que queremos. Não vai ser um hospital que irá resolver esses problemas. As pessoas podem nos vaiar, mas daqui a pouco outros problemas vão acontecer”, rebateu Josa Queiroz (PT), da base oposicionista.
Questionado pelo RD sobre a aprovação após nove meses de tentativas e quase três anos da formatação do projeto, o prefeito Lauro Michels relatou a importância do novo equipamento de Saúde. “Diadema precisa de um novo hospital. A autorização da Câmara para o empréstimo é uma etapa do processo. Agora, segue para avaliação do conselho da Caixa Econômica Federal e depois para a Secretaria do Tesouro Nacional. Finalizando, a Prefeitura será autorizada a abrir a licitação”.