Com 40 anos de vida pública, a maior parte deles dedicados a Polícia Militar, o vereador de Santo André, Edson Sardano (PTB) é candidato a deputado federal e diz que pode contribuir muito para a área da Segurança Pública, caso eleito para a Câmara dos Deputados. Sardano concedeu entrevista ao RDtv nesta terça-feira (21/08).
“A grande demanda hoje é por segurança. A Câmara Municipal é um espaço interessante, mas acho que posso dar um pouco mais, no que diz respeito à segurança”, comentou o candidato que disse que, ao menos por enquanto não vai se licenciar do cargo de vereador para fazer campanha. “Minha campanha é muito simples, sou de poucos recursos, vivo de salário, não é fácil conseguir dinheiro (para campanha). Minha campanha vai ser feita, em boa parte, pelas redes sociais, vou tentar patrocinar dentro da regra, fazer algum materialzinho com alguns outros candidatos. O trabalho da Câmara não vai me atrapalhar não”, comentou.
Sardano (foto) defende mudanças no Código Penal, que data dos anos 40. “Eu não acredito que seja fácil (a reforma), mas não é impossível não, o Código era para uma realidade de 1940. Hoje a audácia dos marginais subiu muito, nem o judiciário está preparado. O cidadão mata seis pessoas dirigindo alcoolizado e fica cinco anos. Tem ainda a saidinha. Não necessariamente isso tem que acabar, mas o preso que não trabalhar não vai ter progressão de pena. Não vai receber benefício nenhum. Outro exemplo: o cidadão que que foge de um policial, se for preso, vai pagar uma multa de direção perigosa, se policial dá um tiro para ele parar vai para a cadeia. Isso tem que mudar. O bandido precisa ter medo de uma lei dura”.
O candidato, no entanto é contra muitas coisas pregadas, por exemplo, pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que tem a segurança como principal tema de campanha. ”Não defendo a liberação de porte de arma. Eu não recomendo porque usar arma requer muita prática e treinamento constante. Não é a arma que vai assegurar a tranquilidade de ninguém. Paz também se conquista com lei dura e com polícia prestigiada. A lei precisa mudar, adaptar-se a essa realidade, se eu chegar lá eu vou, ficar o tempo todo batendo nesta tecla”, comenta.
O petebista defende ainda a adoção de modelos de privatização de forma controlada. “O poder público não tem perna para tudo; não se pode satanizar o dinheiro privado, mas precisa ter muito controle”. Ele deu exemplo de presídios. “Hoje o preso brasileiro é caríssimo, custa de R$ 2 a R$ 3 mil reais por mês para ser tratado como um animal. O estado pode pagar para fazer a gestão, e aí você fiscaliza. Já existem exemplos com êxito, não vai resolver tudo, mas é uma chance”, finalizou.