A partir de 1º de setembro, os cardápios oferecidos nas 116 unidades escolares de Santo André estarão disponíveis aos pais ou responsáveis dos cerca de 33 mil alunos matriculados na rede de ensino municipal, via WhatsApp e/ou site da Prefeitura (www.santoandre.sp.gov.br), a fim de ampliar a participação das famílias no processo educacional. No total, 60 mil refeições diárias são distribuídas e representam o custo anual de R$ 33 milhões aos cofres públicos. A ferramenta digital na área da Educação foi inserida no Programa Merenda Legal.
Embora o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), tenha anunciado nesta segunda-feira o Merenda Legal, durante coletiva de imprensa no Paço, como uma novidade, além de ser uma forma de dar “total transparência” dos atos da alimentação escolar na cidade, o mesmo programa foi introduzido na Prefeitura de São Paulo em 2007. Na época, comandada por Gilberto Kassab (PSD), após substituir José Serra (PSDB), que renunciou ao cargo em 2006 para disputar o governo do Estado.
Sem WhatsApp naquele momento, o cardápio das escolas municipais de São Paulo também foram distribuídos aos pais pela internet, via site da Prefeitura, ou mesmo impresso no papel ou fixados em cartazes nas escolas, recursos que também serão adotados pela gestão Paulo Serra – caso a pessoa interessada não disponha de telefone celular ou mesmo da ferramenta tecnológica. A lista dos alimentos que são servidos na rede de ensino de Santo André estará disponível a cada 15 dias.
O pai ou responsável interessado em receber o cardápio quinzenal pelo WhatsApp deve, a partir desta terça-feira, procurar pela secretaria da unidade escolar e informar o seu número de celular. O prazo é ilimitado para aderir ao programa, segundo o prefeito. “Independentemente do número de adesões, vamos repassar o cardápio aos pais interessados a partir de 1º de setembro”, afirmou Serra.
No site, dentro do Programa Merenda Legal, os cardápios previstos das escolas estarão disponíveis. A proposta é que qualquer cidadão possa acompanhar os serviços e até mesmo fazer sugestões. Em um segundo passo, o prefeito pretende introduzir um aplicativo de merenda escolar a partir de 2019. “Vamos fazer de Santo André uma cidade digital, como prometi em meu plano de governo. Atualmente, 97% da população tem acesso à internet”, disse o chefe do Executivo.
Mudança de rota
“Posso garantir que hoje Santo André está entre as melhores merendas do Brasil”, disse o prefeito, referindo-se à mudança na alimentação escolar na rede de ensino municipal. Serra disse que, quando assumiu a Prefeitura, eram muitas as reclamações pela qualidade oferecida dos alimentos, principalmente entre os pais de alunos matriculados nas 38 creches e nas 51 Emeifs (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental).
Segundo o prefeito, o gasto com a merenda escolar, no governo Carlos Grana (PT), era de R$ 46 milhões por ano. O superintendente da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Reinaldo Messias da Silva, informou que, atualmente, 100% da produção da alimentação na rede de ensino é da Prefeitura, por meio da autarquia municipal. “Antes, 40% eram terceirizados, entre mão de obra, compra de produtos e até entrega. Conseguimos baixar os custos, inclusive com a diversificação do cardápio diário, com a utilização dos produtos de época, como frutas e verduras”, afirmou Silva.