Pedro Umbelino, representante do MBL (Movimento Brasil Livre) de São Caetano, prestou queixa na Polícia Civil, nesta quarta-feira (8), em relação as ameaças que diz ter sofrido durante a sessão da última terça-feira (7), da Câmara. Segundo imagens apresentadas pelo grupo nas redes sociais, cerca de 20 pessoas tentavam impedir sua saída e o ameaçaram.
Segundo o relato de Umbelino, quatro representantes do MBL estavam acompanhando a sessão do Legislativo que votaria a admissibilidade do processo de impeachment contra o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB). Após a derrota da proposta por 14 votos contra quatro, o grupo deixou as galerias da Câmara e foram para a recepção para gravar um vídeo sobre o assunto.
Ao iniciar a gravação, o outro grupo que também estava assistindo a sessão começou a discutir com os membros do MBL. As imagens mostram estes manifestantes afirmando que os membros do Movimento Brasil Livre “nunca tinham feito nada pela cidade”, “que não sabem o que o pobre sofre” e que eram “ladrões”.
O debate esquentou e Pedro relatou que houve ameaças de agressão física, e que o mesmo não ocorreu por causa da intervenção da GCM (Guarda Civil Municipal), presente no recinto. “Eles nos cercaram e não conseguíamos sair. Precisamos dar a volta e deixar a Câmara pelos fundos para que nada acontecesse. Tenho certeza que eles me confundiram, acharam que eu era um vereador, mas depois conseguimos explicar, porém o clima continuou ruim”, explicou.
Com a queixa realizada, o MBL aguardará as investigações para saber qual é a origem dos membros deste grupo. O presidente da Câmara, Pio Mielo (MDB), afirmou que pretende reformar a segurança da Casa e também adotar outras medidas como a instalação de catracas para controle daqueles que querem acompanhar a sessão ordinária.