O preço de 18 produtos da cesta básica apresentou variação entre os meses de junho e julho, segundo a pesquisa semanal da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). O destaque foi a cebola, que apresentou aumento de 24% entre julho de 2018 com relação ao mesmo período do ano passado. Em 2017, o quilo estava a R$ 2,50 – agora subiu para R$ 3,01.
O preço médio anual da cebola foi de R$ 2,26 em 2017. Neste ano, R$ 3,36, que apresenta variação de 48,51%. O engenheiro agrônomo Fábio Vezzá de Benedetto, responsável pela pesquisa, explicou que o valor reflete na falta de plantação da hortaliça no ano passado.
Outro produto que apresentou alta em julho foi o leite. Enquanto em janeiro o litro estava R$ 2,29, no último mês, o preço subiu 64% e chegou a R$ 3,75. “É um produto que realmente fica mais caro nesta época do ano e difícil de ser substituído”, diz Benedetto. Em comparação anual, o produto apresentou alta de 36% e variação média de 11,54%.
Na penúltima semana de julho, o consumidor que comprou tomate teve de pagar R$ 3,26 pelo quilo, 20% mais caro em relação à terceira semana, quando estava R$ 2,88. “O tempo climático é o principal interventor da plantação da fruta. Assim, quando a temperatura melhora e as chuvas param, o preço volta a cair”, explica o agrônomo.
Custo da cesta
Em julho de 2018, o consumidor teve de desembolsar, em média, R$ 597,98 pelos alimentos e economizou R$ 19,20 em relação ao mês anterior. Dos 34 produtos da cesta, 16 apresentaram queda, entre eles, a unidade do alface (-4,2%), o quilo da carne bovina de 1ª (-1,58%), o creme dental (-0,7%) e a margarina (-0,8%). Entre os que tiveram alta destaque para frango (1,4%), ovos (1,9%) e arroz (0,87%).
“Muitos produtos permaneceram com o preço alto durante junho por conta da greve dos caminhoneiros. Já este mês está regularizado e, aos poucos, o preço volta à média normal”, diz o responsável pela pesquisa.
O ideal, segundo o especialista, é fazer as compras na segunda quinzena do mês, quando os preços estão melhores e evitar datas de pagamento. “Se tiver dinheiro guardado é a época ideal, quando supermercados apostam em promoções e não há tanta procura”, alerta.