Orlando apresenta cautela sobre transferência de votos

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Mesmo com 103 mil votos, “em casa”, na eleição de 2014 para deputado estadual, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), foi cauteloso ao ser questionado sobre uma possível transferência de votos para a pré-candidata à deputada estadual Carla Morando (PSDB). Após o evento desta quinta-feira (26), o chefe do Executivo são-bernardense afirmou que terá de trabalhar na campanha de sua esposa como se fosse a sua primeira.

“Temos de entender que não necessariamente as pessoas que votaram em mim podem votar nela. Eles conhecem o meu trabalho, mas tem de conhecer, agora, o trabalho dela. Vamos espalhar o que ela fez no Fundo de Solidariedade, que foi um grande trabalho, e assim as pessoas vão votar nela e não em mim. Vou ter de trabalhar para pedir voto da mesma maneira que trabalhei na minha primeira campanha, em 2002”, afirmou o prefeito.

Durante todo o evento, foram descritas as dificuldades que o grupo teve para convencer Carla de entrar na disputa eleitoral, pois a empresária não tem histórico de atuação política, fora as campanhas eleitorais nas quais Orlando Morando participou. De janeiro de 2017 até o início de abril 2018, comandou o Fundo Social de Solidariedade.

Oficialmente o tucanato colocou outros três nomes na disputa pela pré-candidatura. O presidente da Câmara, Pery Cartola, e os vereadores Alex Mognon e Pastor Zezinho Soares. Ambos desistiram do certame eleitoral após conversas internas e o apoio da maioria da bancada governista ao nome da primeira-dama.

Eleição “são-bernardense”
A expectativa de apoiadores de Carla Morando agora gira na luta para superar o desempenho dos grupos de oposição. Atualmente o município tem três representantes na Assembleia paulista: Ana do Carmo, Luiz Fernando Teixeira e Teonílio Barba, todos do PT. Teixeira e Barba vão tentar a reeleição. Outro adversário será o vereador Julinho Fuzari (PPS).

Dentro do grupo consideram que caso a primeira-dama tenha um grande desempenho na eleição, o fato pode ser uma ajuda na tentativa de Orlando de se reeleger prefeito, em 2020.