FUABC confirma restrição de atendimento no PS do Nardini

Em tratativas de estender por mais 30 dias o contrato em Mauá, a FUABC (Fundação do ABC) confirmou nesta quinta-feira (28) que adotará medidas restritivas ao PS (Pronto-Socorro) do Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini. A entidade teve nova reunião com representantes do governo da prefeita em exercício, Alaíde Damo (MDB), para atender as recomendações do MP-SP (Ministério Público de São Paulo).

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Por meio de comunicado oficial, a organização citou que 73% dos atendimentos no PS do Nardini não são casos de urgência. Dessa forma, o setor atenderá apenas situações de gravidade a partir de segunda-feira (2), como casos de ginecologia, obstetrícia, psiquiatria e ortopedia. Em situações diversas, a população deverá recorrer a uma das três UPAs (unidades de pronto atendimento) em funcionamento.

Desde a semana passada, a FUABC adota medidas para manter o atendimento à população na rede municipal. A entidade cobra a Prefeitura de Mauá o passivo de R$ 123 milhões, uma vez recebe R$ 12 milhões mensais, em vez dos R$ 15,6 milhões previstos em contrato. Devido à urgência na crise financeira, a organização solicitou ao governo R$ 2,9 milhões, mas recebeu R$ 500 mil do Paço para compra de insumos hospitalares.

Em acordo intermediado pelo MP-SP, o governo terá de elaborar um plano operacional para a proposta de renovação contratual com a FUABC, além de apresentar um planejamento de quitação da dívida bilionária.

Pelo atual contrato, assinado em 2015, a FUABC é responsável pela gestão do Nardini, além de oferecer estrutura e mão de obra para 23 UBSs (unidades de básicas de saúde), UPAs e outros serviços de Saúde. Previsto para encerrar originalmente em fevereiro, o convênio passou por dois aditamentos neste ano, o primeiro de 30 dias e o segundo de 90 dias, que se encerra neste sábado (30).

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