Nem só de Festa Junina e, especialmente neste ano, de Copa do Mundo é marcado o mês de junho. O alerta Junho Vermelho pretende incentivar as pessoas para a doação de sangue. Porém, este gesto simples e nobre depende muito da qualidade da saúde do doador e a anemia está entre os principais fatores de impedimento para aumentar o estoque dos bancos de sangue.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que cerca de 30% da população terá anemia, ao menos, uma vez na vida, e o motivo mais recorrente é a alimentação pobre em ferro. “A falta de uma dieta rica em ferro como feijão, carne e vegetais verdes escuros na alimentação pode levar a casos de anemia” , afirma o médico Rodrigo Santucci, diretor da Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, parceiro do Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama, em Santo André, para fornecimento de bolsas de sangue e tratamentos hematológicos.
Segundo o médico, as mulheres são as principais vítimas da anemia carencial, causada pela baixa presença do ferro na alimentação, em parte, por consequência do fato de menstruarem. “A mulher não pode considerar normal fluxo intenso de perda de sangue após o segundo dia da menstruação. Estes casos têm de ser investigados pelo ginecologista, pois contribuem para a anemia”, diz Santucci.
Sintomas – Embora atinja um terço da população mundial, a anemia é doença de fácil detecção e tratamento. Basta um hemograma, ao menos uma vez ao ano, para manter o paciente ciente da condição do sangue, assim como o tratamento, que pode ser encontrado em farta opção de alimentos como carnes vermelhas e peixes, frutas e verduras, além dos suplementos vitamínicos.
Os principais sintomas da anemia são palidez cutânea, cansaço, queda de cabelo, unhas fracas e dor nas pernas. Um dos mitos em relação à anemia que, em casos crônicos, pode virar leucemia. “Isto é mito e a anemia pode ser controlada logo após diagnosticada”, informa o especialista. Outro grupo de pessoas mais vulneráveis são os idosos acima de 65 anos, que podem desenvolver uma doença chamada síndrome mielodisplásica e que, neste caso, pode evoluir para leucemia. “De forma geral, a anemia tem sido detectada cada vez mais precocemente, permitindo sucesso rápido aos tratamentos”, diz o médico.