O Centro Hospitalar Municipal de Santo André (CHM), localizado na avenida João Ramalho, vila Assunção, é alvo de reclamação por conta da demora na execução do exame de ressonância magnética, que pode demorar até quatro semanas para ser feito. A queixa é da família do paciente Roberto Sanches, 61, internado desde o dia 6 de junho (quarta-feira).
O paciente deu entrada no hospital por conta de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Desde a internação, Sanches já foi submetido a duas tomografias, mas a equipe médica informou à família que o paciente fizesse também uma ressonância magnética para averiguar uma mancha no cérebro diagnosticada em uma das tomografias. Ao realizar a primeira ressonância, na quinta-feira (14/6), o paciente se debateu e não foi possível concluir o exame.
Nesta segunda-feira (18/6) a família foi informada de que haveria nova tentativa do exame na quinta-feira (21/6), mas que se o paciente voltasse a se debater, seria necessário sedá-lo e realizar o procedimento em outro local. “Disseram que o hospital não tem anestesista e se tiver de fazer o exame fora o prazo seria de duas a quatro semanas para fazer a ressonância com sedativos”, afirma Juliana Sanches Miranda, filha do paciente. “Ele está internado há mais de duas semanas e quanto mais tempo ficar no hospital, mais chance tem de contrair infecção”, reclama Juliana, farmacêutica.
Resposta da Prefeitura
Por meio de nota, a Prefeitura informa que “O Centro Hospitalar Municipal de Santo André possui equipe de anestesistas 24h e sete dias por semana. Porém, o equipamento de ressonância magnética utilizado no CHM não permite que a sedação seja feita durante o exame e os casos que necessitam de sedação precisam ser realizados em outros hospitais.
As vagas para transferência desses pacientes são disponibilizadas via CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), que pode agendar o exame para qualquer unidade estadual que tenha equipamento que atenda a esses requisitos. O tempo de espera para essa transferência, portanto, depende da CROSS. De qualquer maneira, na próxima quinta-feira (21) ocorrerá uma nova tentativa de realização do exame sem sedação, no próprio CHM.
Quanto à infecção hospitalar, qualquer paciente após 24h internado, pode ser acometido em qualquer parte do mundo, infelizmente, principalmente com este diagnóstico (os pacientes neurológicos são os mais propícios). No entanto, neste caso específico, a equipe que acompanha o paciente acredita que a necessidade e da ressonância é mais importante do que o risco de quadro infeccioso”.