Em busca de apoio, o núcleo duro do governo mauaense convidou os vereadores para uma reunião, nesta terça-feira (19), às 10h, para falar sobre a votação de três projetos do governo: mudanças na taxa de lixo; fim da Hurbam (Habitação Popular e Urbanização de Mauá); e o corte no número de comissionados. As matérias ainda não tem a adesão da maioria dos legisladores.
A reunião acontecerá no auditório localizado ao lado do gabinete da prefeita em exercício, Alaíde Damo (MDB). Não foi garantida a participação da emedebista no encontro que será comandado pelo secretário de Governo, Antônio Carlos de Lima.
Segundo fontes ligadas aos vereadores, a falta de articulação e de conversas em torno destes assuntos fez com que o Poder Executivo não protocolasse as proposituras ainda nesta segunda-feira (18).
Em relação a taxa de lixo, existe uma dificuldade de fazer com a maior parte dos vereadores vote a favor das mudanças, pois a maioria foi favorável a proposta defendida pelo governo Atila Jacomussi (PSB). Segundo fontes do Governo, a intenção é fazer com que a Prefeitura banque o subsídio de R$ 500 mil (no período de junho a dezembro) para conseguir reduzir os danos financeiros para a população que vem protestando sobre o assunto nas últimas semanas.
Tal subsídio seria bancado com o fim da Hurbam, autarquia que foi aprovada ainda na gestão de Donisete Braga (então no PT, agora no Pros), e que era vista como um local para abrigar aliados. Além disso, uma nova redução de cargos faria com que o Governo conseguisse a verba necessária para bancar o valor da taxa de lixo. Para a aprovação destes projetos é necessário uma maioria simples, no caso, 12 votos.
Além da dificuldade em convencer os vereadores a votar de maneira favorável as propostas, outro obstáculo é a fidelidade de alguns para Atila Jacomussi que não foi consultado sobre os assuntos. Por causa de uma decisão judicial, o socialista não pode frequentar os corredores da Prefeitura.
Solto desde a última sexta-feira (15), Atila ainda não se encontrou com Alaíde Damo e com ninguém de sua equipe de governo.