O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, e o vice-prefeito Beto Vidoski (ambos do PSDB), também tiveram seus sigilos bancários quebrados durante a investigação sobre as suspeitas de irregularidades em doações realizadas para a chapa durante a campanha de 2016. A informação foi confirmada pelo promotor eleitoral do município Newton José de Oliveira Dantas, em entrevista exclusiva ao RDtv, nesta segunda-feira (18).
Os detalhes sobre a quebra destes sigilos não foram divulgados, pois a ação corre em segredo de Justiça. O ato ocorreu durante a primeira fase da investigação, no ano passado, que buscou as provas documentais em torno das doações realizadas pelas senhoras Maria Aparecida Garcia Correia e Ana Maria Comparini. Somadas doaram R$ 643 mil.
“Agora estamos na fase de ouvir as testemunhas. Estamos esperando que isso seja cumprido o mais rápido possível para que possamos seguir com toda a investigação”. Dantas pediu o depoimento de Ana Maria, o que deve acontecer em Jundiaí, município em que a aposentada mora, em uma humilde casa de um bairro pobre do município. Essa é a segunda vez que Ana é convocada, no ano passado, não compareceu.
No caso de Maria Aparecida, falecida neste ano, a intenção é chamar os parentes da aposentada que no momento da eleição de 2016 estava internada em um hospital, fato que também causou a desconfiança do Ministério Público.
A ação da Promotoria Eleitoral de São Caetano pode causar uma ação de cassação de mandato, algo que não tem relação com o pedido de impeachment que foi protocolado na Câmara pelo diretório do PSol, na semana passada.
Um segundo processo corre no Ministério Público Estadual (MPE) e vai ser acompanhado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pois Auricchio e Vidoski tem foro privilegiado. Neste caso, a ação é sobre a suspeita de crimes de caixa dois e de formação de quadrilha, envolvendo empresas de contabilidade e campanhas políticas no ano de 2016.