Após a deflagração do processo contra o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), e do vice-prefeito, Beto Vidoski (PSDB), e mais cinco pessoas por suspeita de doações ilegais durante as eleições de 2016, políticos e grupos do município articulam o protocolo do processo de impeachment contra o chefe do Executivo.
Grupos, como Nas Ruas e MBL (Movimento Brasil Livre), iniciaram as articulações em torno do pedido de impedimento. A ex-vice-prefeita e candidata ao comando do Palácio da Cerâmica, Lucia Dal’Mas, também pretende entrar com o pedido no Legislativo já na próxima semana.
Os mesmos grupos políticos também articulam outra medida, pois como o caso ocorreu durante as eleições, haveria um impedimento para qualquer tipo de pedido de cassação na Câmara. Para evitar isso, o “Plano B” seria entrar no Ministério Público com uma ação para afastamento de Auricchio e Beto Vidoski. A estratégia leva em conta o fato de o prefeito ter pelo menos 15 dos 19 vereadores em sua base de apoio, o que impediria qualquer prosseguimento do processo de impeachment.
Por meio das redes sociais, o ex-vereador e candidato a prefeito em 2016, Fabio Palacio (PSD), deu seu olhar sobre o assunto. Em um rápido vídeo pediu para que o Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) possam “fazer justiça que tanto a população de São Caetano deseja”.
“Em 2016, eu disputei a eleição para prefeito a decisão das urnas. Ao longo de todo o ano passado trabalham em prol da nossa região e pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC, mas nesta semana o Ministério Público Federal denunciou a complexa operação criminosa que foi montada para alimentar com dinheiro de caixa 2 a campanha daqueles que administram a nossa cidade”, disse Palacio em seu primeiro pronunciamento.