Procon Santo André orienta sobre problemas com planos de saúde

Todo cuidado é pouco na hora de contratar um plano de saúde. O alerta é da diretora do Procon de Santo André, Doroti Cavalini. Para evitar transtornos futuros, a orientação é para que os consumidores se atentem aos detalhes dos contratos firmados com operadoras de saúde. Nas últimas semanas, usuários do Santa Helena Saúde vem tornando pública uma série de reclamações sobre a prestação de serviços e descumprimento de contratos.

“Na área da saúde, o que mais verificamos é a negativa de cobertura para procedimentos. O consumidor procura o plano e não é atendido”, relata a diretora do Procon. Entre as queixas mais frequentes dos usuários do Santa Helena, estão demora para atendimento e até para preenchimento de ficha, liberação de pacientes ainda enfermos, diagnósticos improcedentes e falta de higiene.

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“O usuário precisa procurar o órgão de defesa do consumidor, formalizar denúncia na ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e, se for o caso, ingressar judicialmente contra a empresa. Quando se contrata um plano, a pessoa precisa ter atendimento para tudo”, comenta Doroti, que concedeu entrevista para o canal RDtv.

Para os casos de demora para agendamento de consultas, Doroti ensina que a ANS estabelece o prazo máximo de sete dias para se conseguir consulta com clínico geral ou pediatra e de 14 dias com especialista. “A empresa precisa ser denunciada e fiscalizada se estiver extrapolando esse prazo”, diz.

(Doroti alerta sobre contratos Foto: Amanda Lemos )

É importante ainda que, antes se contratar um plano de saúde, o interessado busque o máximo de referências sobre a operadora com amigos, familiares, na Internet e em órgãos de defesa do consumidor, além do histórico de queixas sobre a empresa e retorno aos reclamantes. De acordo com a ANS, em 2017 foram 358 mil demandas recebidas, sendo 268 mil dúvidas e 90 mil queixas.
Em Santo André, de janeiro a abril de 2017, foram registrados 152 atendimentos sobre a área da saúde do Procon. O número saltou para 169 no mesmo período de 2018. “O principal problema é a negativa de atendimento por problemas nos contratos, sendo que a cada dia um novo procedimento é incluído e o consumidor não escolhe a doença porque ela está ou não no rol. As doenças podem surgir”, alerta Doroti.

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