Virada Cultural muda perfil na manhã de domingo

As manhãs de domingo da Virada Cultural parecem abrigar uma outra festa, comparada a algumas horas antes. É quando o público que virou a noite está fora de cena. O sol apareceu mas o frio permanecia, parecendo intimidar uma plateia maior que não apareceu.

Havia poucas pessoas já no show do Ira!, às 4h30 da manhã (um começo com meia hora de atraso), no Boulevard São João. O grupo paulistano estava ali para refazer todo o repertório do disco Vivendo e Não Aprendendo, um dos melhores lançados nos anos 80 na cena do rock nacional. Era por si um apelo e tanto, mas a plateia era pequena se comparada a outras apresentações da banda. Nasi, com dificuldade preocupante para atingir notas, sobrevive da memória afetiva e de seu carisma. Scandurra, mais em forma, segura bem esse momento do grupo.

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O sol chegou e a festa parecia outra. Royce do Cavaco cantava inspirado, com a plateia nas mãos já aglomerada em frente ao Bar Brahma. A alguns passos dali, o palco oriental trazia atrações da música pop chinesa (bem menos conhecidas do que nomes do K Pop, o pop sul-coreano, ou o J Pop, o japonês) A dupla de adolescentes Wushu cantava em mandarim sobre uma base em playback.

Na Sete de Abril, o palco Jazz & Instrumental mostrava uma das melhores atrações da manhã. O grupo La Cumbia Negra fazia uma mistura de cumbia colombiana com solos e linguagens de rock and roll. A plateia, mesmo pequena, dançava em frente ao palco.

O palco do Arouche, historicamente dos mais alegres na Virada, teve uma apresentação aglutinadora do Double You. Esse grupo de origem italiana com um inglês no comando, William Naraine, tem muito mais hits do que pode parecer, sendo a versão de Please Don’t Go, original do KC and the Sunshine Band, o maior deles.

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