Crematório do Jardim da Colina completa 4 anos como único do ABC

Único na região do ABC, o crematório do Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo, vai completar quatro anos de funcionamento em maio. Durante o período, o empreendimento viu o serviço ganhar espaço e, atualmente, a média de cremações chega a 45 ao mês.

Perto das quase 75 mil pessoas sepultadas no cemitério – que em janeiro fez 40 anos – o número pode parecer insignificante, mas se destaca se levada em conta a média mensal de 170 velórios no local. “Já registramos meses com picos de até 70 cremações”, revela Durval Tobias Filho, gerente de Negócios do Jardim da Colina.

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Segundo o coordenador administrativo do crematório, Claudio Barbosa, o serviço de cremações se tornou importante por modificar a relação das famílias com o cemitério. “Há muita gente que deseja ser cremada e o fato de ser o único empreendimento do gênero no ABC chama atenção. A receptividade vem aumentando desde 2013, ano da inauguração”, diz.

Tobias e Barbosa falam, em entrevista ao canal RDtv, sobre os mitos em torno do ritual da cremação

Apesar da aceitação crescente, Tobias e Barbosa contaram, em entrevista ao canal RDtv, que a existência de certos mitos em torno do ritual da cremação afugenta algumas pessoas. Motivações religiosas (com exceção das religiões orientais), influências culturais e falta de conhecimento são atribuídas à resistência.

Tobias acredita que a difusão de informações sobre o processo de cremação vai contribuir para mudar esse conceito. “É muito comum pessoas imaginarem que o morto está sentindo o calor do forno ou famílias ficarem desconfiadas que as cinzas que estão levando não são do ente querido ou ainda que são cremados vários corpos ao mesmo tempo, o que não procede”, completa Claudio, ao reforçar que o forno de cremação é preparado para receber apenas uma urna por vez e as cinzas são separadas individualmente.

O Jardim da Colina tem em um só local cemitério e crematório

Além da inauguração do crematório, para os representantes uma marca do Jardim da Colina ao longo desses 40 anos é a preocupação em amenizar o momento de dor das famílias, com mais comodidade. O empreendimento hoje reúne em um só local cemitério, crematório, funerária, velórios, salas para cerimônias, capela, lanchonete e prédios com apartamentos para descanso dos visitantes. “A comodidade e o atendimento carinhoso nessa hora de despedida das pessoas amadas fazem a diferença. É importante esse cuidado, segurança e acolhimento”, acredita Tobias.

Outro serviço foi a criação de um espaço para as famílias guardarem as cinzas e não espargirem o material na natureza, nem levá-las para casa. “É uma espécie de santuário, um local simbólico e, assim como os jazigos, muito visitado no Dia de Finados, quando registramos a maior movimentação. Tanto que nessa data e em outras importantes decidimos realizar missas”, reforça o gerente de Negócios.

Entender o luto

Para dar conta de toda a infraestrutura montada, 180 funcionários se dividem entre cemitério, crematório e funerária. A equipe passa por treinamento constante, que inclui até a orientação de psicólogos, para recepcionar de maneira humanizada as famílias e compreender o luto.

Mesmo com alta taxa de ocupação e da falta de espaço para novas construções, o cemitério acaba de anunciar um projeto de ampliação para marcar as quatro décadas. Uma quadra nova foi lançada e unidades de gavetas individuais colocadas à venda. “O ideal é que se compre antes de precisar para depois as pessoas terem condições de se preocupar com outras coisas que não a aquisição de um jazigo. O Seguro de Assistência Funeral (SAF) também é muito importante para proteção da família”, orienta Tobias.

Ilustres

Entre as personalidades já sepultadas ou cremadas no Jardim da Colina estão o cantor e compositor Itamar Assumpção (2003) e a atriz Jacira Sampaio (1998) – que ficou marcada como a Tia Nastácia do seriado Sítio do Pica-Pau Amarelo, personagem que interpretou de 1977 a 1985, na Rede Globo. Mais recentemente foram cremados os corpos da ex-primeira-dama Mariza Letícia e do ator Oswaldo Loureiro, que morreram em 2017 e em fevereiro deste ano, respectivamente.

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