Nesta quarta-feira (25), o Teatro Inezita Barroso, no Centro Educacional Unificado Regina Rocco, em São Bernardo, recebe seminário de vacinação em gestantes, que também abordará vacina coqueluche (dTpa). Realizado pela GSK (GlaxoSmithKline), indústria farmacêutica, o encontro tem como objetivo levar informação sobre calendário vacinal para grávidas oferecido pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações).
Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), segundo a empresa, apontam que, em todo o Brasil, a cobertura vacinal contra coqueluche (dTpa) entre gestantes chegou a apenas 38,4% em 2017, apesar de a vacina ser gratuita para esse público nos postos de saúde.
A região Sudeste também teve uma das maiores baixas, passando de 53,9% para 37,2% entre 2015 e 2017, com destaque para o Estado de São Paulo, onde a cobertura vacinal contra a doença caiu 36 pontos percentuais nesses dois anos.
“A coqueluche é uma doença infecciosa altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis, que compromete o aparelho respiratório humano (traqueia e brônquios). A doença é mais perigosa em bebês menores de 2 meses de idade e é transmitida facilmente de pessoa para pessoa, principalmente através de gotículas produzidas por tosse, fala ou espirros”, informa Bárbara Furtado, gerente médica de vacinas da GSK no Brasil. Segundo a médica, as mães são a fonte de infecção mais comum da coqueluche em lactentes, sendo responsável por mais de 37% dos casos. Por isso, a prevenção da mãe é uma forma de proteger o bebê da doença.
Mortalidade infantil
A coqueluche é uma das causas de mortalidade infantil no mundo e continua a ser uma preocupação de saúde pública, mesmo em países com alta cobertura vacinal. A maioria dos casos e óbitos se concentra em crianças menores de um ano de idade, especialmente nos primeiros seis meses de vida. Os bebês até os seis meses de idade ainda não completaram o esquema primário de vacinação com DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche), e por isso estão mais suscetíveis à infecção pela Bordetella pertussis.
Sintomas
Os primeiros sintomas podem durar de 1 a 2 semanas e, geralmente, incluem: coriza, febre baixa, tosse leve e ocasional e apneia (em bebês). Além disso, a coqueluche, em seus estágios iniciais, pode ser confundida com um resfriado comum. Geralmente ela não é diagnosticada até que os sintomas mais severos apareçam.
As complicações da coqueluche podem incluir sinusite, pneumonia, otite média, perda de peso, incontinência urinária, fratura de costela e desmaio. Mais de 90% das crianças menores de 2 meses que contraem a coqueluche são hospitalizadas devido a complicações associadas à doença.
Prevenção
A principal medida de prevenção da coqueluche é a vacinação. O Calendário de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda para a gestante a administração de 1 dose de dTpa (Difteria, Tétano e Coqueluche Acelular) a partir da 20ª semana de gestação, a cada gestação. Além do PNI, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) também recomendam a vacinação de dTpa a partir da 20ª semana de gestação, a cada gestação.
Gestantes nunca vacinadas e/ou com o histórico vacinal desconhecido, devem fazer duas doses de dT e uma dose de dTpa. Deve-se apenas garantir que a dTpa seja feita após a 20ª semana de gestação, e que o intervalo entre as doses seja de pelo menos 1 mês.
Serviço: