Juros futuros recuam com apoio de queda do dólar e maior otimismo

Os juros futuros encerraram a sessão regular desta quarta-feira, 18, em queda e, em alguns vencimentos, nas mínimas intraday. Entre agentes do mercado, prevalece a sensação de uma melhora na percepção sobre os ativos de risco, inclusive sobre o Brasil. O recuo das taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) também acompanhou o enfraquecimento do dólar no mercado doméstico, que chegou a valer R$ 3,37 no segmento futuro, e também a recuperação dos preços no mercado de ações.

O DI para janeiro de 2019 encerrou sessão regular a 6,22% ante 6,229% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2020 encerrou a 6,90%, mínima, ante 6,921% no ajuste de terça-feira. O DI para janeiro em 2021 encerrou a 7,86%, mínima intraday, ante 7,922% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2023 fecha a 9,03% ante 9,112% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2025 fecha a 9,56% ante 9,652% no ajuste de ontem.

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Segundo o gestor da Par Mais, Alexandre Amorim, um conjunto de fatores justifica a melhora generalizada dos preços dos ativos domésticos hoje. Em primeiro lugar, o gestor cita o fato de o Brasil não ter acompanhado a recente recuperação de ativos de maior risco globalmente. Além disso, Amorim afirma que há, hoje, um conjunto de fatores positivos apoiando a melhora. “Alguns relatórios trouxeram uma visão mais positiva sobre o Brasil. Ontem o FMI mostrou um panorama melhor. Também houve o relatório do Goldman Sachs com uma visão mais otimista sobre emergentes, inclusive sobre o País. Além disso, desde a semana passada, o investidor estrangeiro está voltando para o mercado brasileiro”, disse.

Nesta tarde, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que, na sua avaliação, o Partido Ecológico Nacional (PEN) pode desistir do pedido de medida cautelar para barrar a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. Outra notícia vinda da Justiça foi o fato de o Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4) ter rejeitado o último recurso a que tinha direito a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda instância. Para Amorim, da Par Mais, essas notícias colaboram para reduzir a percepção, sobretudo por parte do investidor estrangeiro, de mudança de regras e insegurança jurídica.

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