Exonerada do comando da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Diadema, na semana passada, Regina Gonçalves (PV) voltou a ser designada pelo prefeito Lauro Michels (PV) para ocupar uma função na Pasta, desta vez como assistente do setor, no dia seguinte. A verde desincompatibilizou do primeiro escalão para eleição de outubro, quando disputará votos para candidatura a deputada federal.
Desde o início do ano passado na Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Regina foi oficialmente exonerada no dia 5 de abril, em publicação no Diário Oficial do Município, dando lugar a Marcia da Silva Carvalho, que ocupava a função de assistente da Pasta. Entretanto, em publicação nos atos oficiais desta terça-feira (10), a verde novamente foi designada para o setor, na nova ocupação, com retroativo a partir de 6 de abril.
Dessa forma, Regina segue com influência na Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano, embora não ocupe mais oficialmente o cargo de chefia. A pré-candidata à Câmara dos Deputados teve de deixar o primeiro escalão, conforme determina a lei complementar 64 de 1990, que determina o desligamento de cargos de comando e de remanejamento orçamentário, seis meses antes do pleito.
Entretanto, a mesma legislação prevê que servidores públicos, estatutários ou comissionados, têm como limite, para exoneração, três meses anteriores à eleição. Nesse caso, Regina ficará como assistente da Pasta até 7 de julho, caso mantenha o projeto de ocupar o mandato em Brasília.
Regina afirmou que a nova ocupação não tem nenhuma influência no comando da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano. “Independentemente disso (da função), sou funcionária de carreira (da Prefeitura de Diadema). E ao mesmo tempo, o cargo de assistente serve apenas, como o nome diz, para prestar assistência. Então vou colaborar com processos administrativos. Mas a secretária é a Márcia”, garantiu.
Dobrada
Inicialmente, Regina tinha pretensões de retornar à Assembleia Legislativa, onde ocupou a cadeira na legislatura 2011-2015. A verde até tentou a reeleição para deputada estadual em 2014, porém, os 58.009 votos lhe garantiram a apenas segunda suplência na bancada do partido.
Em acordo com Michels, a ex-parlamentar passa a mirar a Câmara dos Deputados, enquanto o vice-prefeito Márcio da Farmácia, que trocou o PV pelo Podemos, disputará a cadeira para o Legislativo paulista.
Regina admitiu que chegou a receber a proposta direta da deputada federal e presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, para se filiar ao partido, mas que no fim permaneceu no PV. “Tive várias propostas, mas a minha vida política foi construída no PV, então mantive a coerência”, completou.