A vacina Pentavalente, que faz parte do calendário do Ministério da Saúde e deve ser aplicada nos primeiros meses de vida dos bebês para prevenir várias doenças, está em falta nas unidades básicas de saúde (UBSs) de São Bernardo.
A explicação, segundo a Prefeitura, é que o produto depende de liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a retomada do fornecimento do medicamento.
As mães estão preocupadas. “Fui na Unidade do Jardim Leblon e na do Jardim Silvina e falaram que a vacina está em falta em todas as unidades do município […] Uma vacina tão importante dessas não se pode faltar”, reclama Luciana Valente, 40, moradora do Jardim Irajá.
“Para vacinar em clínicas particulares está R$ 380. Gasto uma lata de leite a cada quatro dias, fica impossível comprar o leite e ainda ter dinheiro sobrando para vacinar”, relata Tatiana Visconti Conrado, que tentou vacinar o filho de seis meses na UBS Alves Dias, mas que também voltou de mãos abanando.
Na UBS do Alvarenga a vacina está em falta há mais de um mês. “Estão anotando os nomes e telefone dos que estão com vacina atrasada para assim que chegar, vacinarem”, conta Poliana Ribeiro dos Santos, 30, moradora do Parque Esmeralda.
Papel da vacina
A Pentavalente é uma vacina do tipo injetável que protege a criança de cinco doenças: tétano, difteria, meningite, coqueluche e outros tipos de infecções provocadas pelo Haemophilus Influenzae tipo B), e a hepatite B. Com a inclusão da vacina de hepatite B, agora é necessário que seja feita apenas uma aplicação ao invés de duas injeções.
A composição da vacina pentavalente é formada por:
- -Toxoides de difteria e tétano
- -Antígeno de superfície de hepatite B
- -Suspensão celular inativada de Bordetella pertussis
- -Oligossacarídeos conjugados de Haemophilus influenza do tipo B
A aplicação é feita em três doses: aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias. Os dois reforços são feitos com a aplicação da vacina DTP (difteria, tétano e pertussis).