Dólar sobe com temor de protecionismo e cautela antes do Fed e Copom

O dólar opera em alta no mercado doméstico na manhã desta segunda-feira, 19. O ajuste está em linha com o desempenho positivo da moeda americana em relação a divisas de países emergentes e exportadores de commodities no exterior diante dos temores persistentes de escalada do protecionismo comercial. A força do dólar ante essas divisas, de outro lado, traz pressão de baixa ao petróleo e aos metais básicos, como minério de Ferro e cobre.

O Instituto Internacional de Finanças (IIF), que reúne os 500 maiores bancos do mundo e que faz em Buenos Aires desde este domingo, 18, encontro paralelo à reunião ministerial do G-20, afirma que o temor de uma guerra comercial na economia mundial já provocou desaceleração dos fluxos dos fundos de investimento focados em mercados emergentes.

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Os dados preliminares mostram que os aportes no mercado de renda fixa praticamente pararam nos últimos dias, enquanto os investidores de bolsas estão mostrando grande nervosismo, ressalta o documento.

A liquidez câmbio local poderá ficar mais reduzida neste início de semana, diz um operador, porque os agentes financeiros devem ficar em compasso de espera por possíveis alta de juros dos Fed Funds nos EUA e uma nova queda da taxa Selic pelo Copom, ambos na Quarta-feira (21). Na quinta-feira, 22, também o Banco da Inglaterra (BoE) anunciará sua decisão de política monetária.

Na China, os futuros de minério de ferro e de aço fecharam em forte baixa nesta segunda-feira, após atingirem mínimas em quatro meses durante a sessão, em meio a preocupações com o avanço nos estoques e tarifas impostas pelos EUA. Em Dalian, o contrato futuro do minério de ferro caiu 2,9% nesta segunda, enquanto em Xangai, o de vergalhão de aço recuou 1,7%. Às 9h22, os contratos futuros de cobre para maio caía 1,09%, a US$ 3,0735, enquanto o contrato futuro de petróleo em Nova York para maio caía 0,14%, a US$ 62,28 o barril.

Às 9h33, o dólar à vista estava em alta de 0,33%, aos R$ 3,2893, enquanto o contrato futuro para abril subia 0,23%, aos R$ 3,2920.

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