Comércio do ABC projeta crescimento com vendas de bacalhau

No Joanin, prateleiras com bacalhau já aguardam os consumidores. Rede também aposta na venda de peixes congelados  (Foto: Pedro Diogo)

Com o período da Quaresma vigente e a nove dias da chegada do Domingo de Ramos (25/3), data que marca o início da Semana Santa, o comércio varejista da região segue otimista com a sensível melhora na economia e projeta crescimento com a venda de bacalhau e outros tipos de peixes até a Pascoa, em 1º de abril. Muitos estabelecimentos se prepararam e já estão com os estoques abastecidos para atender a clientela, que já começa a procurar o produto.

No Mercado Municipal de Rudge Ramos, em São Bernardo, o Empório Zanatta está pronto para quem vai comprar bacalhau. Otimista, Milton Zanatta Junior, proprietário, adquiriu para a Semana Santa 2,2 mil quilos do tipo Porto Mohua, da Noruega, volume 30% superior em relação a 2017, e para o cliente levar para casa do jeito que quiser. Especializado também na venda de queijos e ingredientes para feijoada, Zanatta comenta que a economia tem dado sinais positivos de melhora e teve tanta procura de bacalhau no Natal que até faltou mercadoria. “Por isso, compramos bem mais que no ano passado e de novo só coisa boa, de excelente qualidade”, afirma.

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A casa comercializa bacalhau em diversas versões, como porções dessalgadas, inteiros, lombinhos, filés médios e graúdos, desfiados, filetados (tipo carpaccio) e o sucesso de vendas, que é o lombo salgado. Quem for ao box vai encontrar uma variedade de preços, de R$ 60 (em lascas ou desfiado) até R$ 165 (lombo) o quilo. “Não houve aumento de preço”, avisa Zanatta, que na venda o cliente ganha uma receita especial, elaborada pelo seu pai Milton Zanatta, hoje com 80 anos, 63 deles à frente do empório.

Com 23 lojas no ABC, a Coop (Cooperativa de Consumo) também está otimista e acredita em crescimento nas vendas no período que antecede a Páscoa. A rede de supermercados, que não trabalha com peixes frescos, este ano comprou 18% a mais do produto para comercialização nas 31 unidades. Os tipos disponíveis nas prateleiras são bacalhau Zarbo e o Porto Morhua, ambos encontrados em peça, lombo, filé e desfiado.

“Nosso preço médio de venda é de R$ 39,90 (Zarbo) e R$ 59,90 (Porto Morhua). É o nosso preço regular, porém tem concorrente vendendo mais barato, com um bacalhau inferior ao que temos”, observa a gerente de Compras da Coop, Marta Borges.

Peixes Congelados

O Joanin, com 15 lojas na região, presentes em quase todas as cidades da região, com exceção de Rio Grande da Serra, este ano investiu 11% a menos na compra de bacalhau por conta de uma sobra na casa dos 5% registrada no mesmo período do ano passado. Mesmo assim a rede varejista adquiriu 8.250 kg do produto, 60% Zarbo, comerciado a preço promocional de R$ 27,90 o quilo.

“Por conta do preço, o consumidor está mais seletivo. A economia já dá sinais de melhora, mas o consumidor busca alternativas mais em conta, como o peixe congelado”, afirma o gerente de Operações do Joanin, Vitor Esplugues, ao justificar que este ano o preço do produto teve aumento no custo entre 10% e 15%, dependendo do tipo.

Desta forma, a rede aposta também na venda de peixes congelados. Ano passado foram comercializadas cerca de 9 toneladas do produtos nas lojas, número que deve ser repetido esse ano. A maior quantidade adquirida foi o filé de polaca do Alasca, vendido a R$ 16,29 o quilo.

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