Cenário regional é foco de observatório lançado pela USCS  

Docentes da USCS apresentaram Carta de Conjuntura com dados da região (Foto: Pedro Diogo)

Com olhos voltados a assuntos importantes que integram a pauta regional, especialmente no campo político, econômico e de desenvolvimento, a USCS (Universidade Municipal de São Caetano) lançou, nesta quarta-feira (14), o Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura (Conjuscs). A primeira publicação apresenta dados e informações de nove temas, que serão disponibilizados no portal da instituição e enviados aos gestores públicos do ABC.

A iniciativa, sob coordenação das direções da pró-reitoria de graduação e pós-graduação, tem como objetivo fomentar a produção de estudos e pesquisas, análises conjunturais de diferentes áreas e contribuir no aperfeiçoamento de políticas públicas e privadas desenvolvidas no ABC. A proposta da instituição é lançar mais cinco cartas até o final do ano, e a partir de 2019, uma a cada bimestre.

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O conteúdo publicado, denominado Carta de Conjuntura, traz dados e análises dos últimos anos de temas relevantes, entre eles, a evolução do PIB no ABC, a forte queda dos empregos na indústria de transformação, o crescimento do número de microempreendedores individuais (MEI) e índices de endividamento das prefeituras da região. Além disso também apresenta dados do comércio exterior desde 1998 e a produção das empresas da cadeia automobilística.

“As cartas vão ter um perfil bastante sintético e serão densas no conteúdo. Nossas leituras são técnicas e vamos trabalhar com o maior levantamento possível de indicadores, que estão por aí, muitas vezes soltos, sem uma leitura habilitada”, afirma um dos coordenadores do observatório, Jefferson José da Conceição, professor da Escola de Negócios e assessor da pró-reitoria de graduação.

Em parceria com o Itescs (Instituto de Tecnologia de São Caetano), a carta também apresenta informações sobre a importância do empreendedorismo para o desenvolvimento da região. “Estamos dialogando com outras entidades que pouco a pouco serão convidadas a participar do observatório”, revelou Conceição.

Mauá apresenta alto índice de endividamento  

O estudo também apresenta análise sintética dos índices de endividamento das prefeituras da região e a capacidade de contratação de operações de crédito para implementação de projetos, levanto em conta planejamento plurianual (PPA) 2018-2021. Dentro desse cenário Mauá aparece em situação delicada e registra maior índice (117,54%), no final de dezembro do ano passado, muito próximo do limite legal estipulado em 120% para os municípios dentro da receita corrente líquida, considerando os 12 meses de 2017.

Em contrapartida, a Administração Municipal de São Caetano apresenta o menor índice de endividamento (7,24%), seguido por Ribeirão Pires (35,11%), São Bernardo (39,3%), Diadema (41,32%) e Santo André (60,74%). Rio Grande da Serra não foi contemplado no estudo.

“Mauá está muito próximo dos 120% e tem só R$ 21 milhões de capacidade de endividamento. O município não pode se endividar em projetos que dependam de operações de crédito para a vigência do seu PPA”, disse o professor Francisco R. Funcia, ao colocar como indicativo a possibilidade do município renegociar a sua dívida na tentativa de alongar os prazos.

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