Após disputas internas, o diretório municipal do PSDB em Diadema realizará no próximo domingo (25) a convenção que definirá o novo comando definitivo do partido. Apesar dos atritos iniciais, os grupos ligados aos prefeitos de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), e de Diadema, Lauro Michels (PV), entraram em acordo para que a futura direção da legenda seja composta pelos dois lados.
Dessa maneira, o empresário Mamede Rasoul Salem, atual presidente da direção provisória, será mantido no comando da legenda no município. O atual secretário de Segurança Alimentar, Atevaldo Leitão, será o vice-presidente, e Fágner Dourado, conhecido como Nego, filho do assessor especial de gabinete José Dourado, também fará parte da executiva.
“Ficou tudo certo dentro do partido. Entendemos que temos de fortalecer o PSDB.
Conseguimos esse acordo e com isso acabamos com todas as situações que estavam travando os trabalhos”, afirmou Atevaldo. O tucano chegou a comparar a situação do partido em Diadema com o tucanato nacional.
“Aqui tinha uma história de deixar o governo, mas não precisa disso. Veja o PSDB apoiando o governo federal. Uns deixaram os cargos e outros ficaram como o Aloysio (Nunes, ministro das Relações Exteriores). Então uma mudança na legenda não tem relação direta com essa história de permanecer ou não no governo”, explicou.
Dentro do PSDB de Diadema, Mamede é visto como conciliador. Após uma série de debates, aconteceu o acordo para que seu nome fosse o escolhido para comandar o partido em definitivo. A eleição de domingo é vista internamente como princípio de retomada para o tucanato local, que não conseguiu emplacar nenhum de seus seis candidatos a vereador em 2016.
Com seis postulantes à Câmara, o PSDB teve 8.134 votos. O mais votado foi o ex-prefeito e ex-secretário de Saúde José Augusto da Silva Ramos, o Zé Augusto, com 2.420 votos, número superior aos dois últimos colocados entre os eleitos pelo quociente eleitoral: Luiz Paulo (PR) – 1.946 votos; e Sérgio Mano (PSB) – 1.771 votos. Atevaldo Leitão teve 1.958 votos e José Dourado teve 1.935. Internamente, a avaliação foi de que a pequena chapa e o fato de ter abdicado da indicação do vice na chapa de Michels atrapalharam o partido.