Tema de debates, promessas de campanha e reclamações da população. As vagas em creche públicas estão novamente em pauta nessa edição do RD. E da mesma forma que nos outros anos, as vagas oferecidas pelas sete cidades não atendem a demanda, que aguarda – sem qualquer motivo para ter paciência – pelas matrículas nas redes municipais de ensino.
A grande questão sobre este tema é que as promessas não podem ser cumpridas na íntegra, pois prometer o fim das filas de vagas em creche (e cumprir) é impossível. Apesar da queda da natalidade na última década, a construção de novas unidades não cresceu de forma planejada. Muitas creches até tiveram suas obras iniciadas, porém, a falta de planejamento fez com que ficassem paradas.
Como estes fatos são recorrentes nas últimas três décadas (pelo menos), para que as filas acabem, todos os municípios precisariam construir várias unidades por pelo menos dez anos. Isso imaginando que o número de nascimentos não cresça com a velocidade das décadas de 1970, 1980 e 1990.
No entanto, para isso, os municípios devem reverter o quadro de falta de terreno para a construção dessas unidades. A escassez de áreas é um grande obstáculo tanto para construção de unidades para Educação, como também para a Saúde e Habitação, ou seja, tal fator dificulta ainda mais qualquer tipo de promessa para finalizar as filas.
Uma solução encontrada pelos municípios são as parcerias com associações religiosas ou de bairros, que têm suas unidades particulares, mas com a queda de arrecadação, os repasses estão mais difíceis. Infelizmente é cada vez mais óbvio que dificilmente haverá uma luz no final deste túnel.