O clima está pesado entre os vereadores de Ribeirão Pires e o prefeito Kiko Teixeira (PSB). Desde a volta das sessões os embates aumentaram, principalmente nos bastidores. Em entrevista ao RDtv, na última sexta-feira (9), o legislador Amaury Dias (PV) revelou que ingerências entre os poderes e independência de parte da base aliada vem esfriando a relação.
O último capítulo dessa disputa aconteceu na última quinta-feira (8), quando foi rejeitado o projeto de lei que obrigava do Poder Executivo a enviar os mais diversos contratos com 15 dias de antecedência de suas execuções para o Legislativo. Assinado por 14 vereadores, a propositura acabou contando com o apoio de seis parlamentares. Sete votaram contra e Humberto D’orto (PTC) não votou, pois, estava doente.
Apesar das reclamações de ingerência da Prefeitura, Amaury Dias ainda busca entender os motivos para que a proposta fosse barrada. “Alguns mudaram a sua posição sem mesmo falar o motivo. Esse projeto saiu de uma conversa entre os vereadores. Todos foram procurados e começaram a assiná-lo, mas depois veio essa derrota. É uma pena, pois, queríamos dar transparência. A derrota não significa que vamos deixar de fiscalizar, mas esse projeto ajudaria muito nesse trabalho”, explicou.
A irritação dos dois lados já começou na primeira sessão, no dia 1º. Os vereadores não votaram seis dos sete projetos do governo que entraram em regime de urgência. Todas as propostas eram sobre repasse para entidades da cidade, como não havia nenhum parecer técnico, os vereadores resolveram adiar a votação para uma sessão extraordinária realizada na segunda-feira (5).
O clima acabou pesando. O prefeito Kiko Teixeira fez uma reunião com os vereadores para tratar do assunto, porém não adiantou, pois, parte dos parlamentares quer uma mudança na postura do chefe do Executivo em relação à Casa de Leis. Dos 17 legisladores, sete formaram um grupo independente que visa criar certa distância das pretensões do socialista.
O já denominado G7 é formado por: Amaury Dias; Amigão D’orto; Danilo da Sopa (PSB); Paulo Cesar (PMDB); Anselmo Martins (PR); Edmar da Aerocar (PV); e o presidente da Câmara, Rubens Fernandes, o Rubão (PSD). Neste grupo, um dos casos mais graves é de Danilo que discutiu fortemente com o prefeito. Nos bastidores fala-se de sua saída do partido.