Nasa prorroga missão da sonda Cassini em Saturno

A agência aeroespacial americana (Nasa, por suas iniciais em inglês) anuncia que decidiu prorrogar por dois anos a missão da sonda espacial Cassini, que deveria se encerrar em julho de 2008. De acordo com a agência espacial, Cassini “revolucionou o conhecimento sobre Saturno e suas luas”.

A prorrogação prevê mais 60 órbitas de Saturno, além de novas passagens pelas luas do planeta gigante, incluindo 26 passagens por Titã, sete de Encélado e uma para cada das seguintes luas: Dione, Rea e Helena. A prorrogação também prevê estudos dos anéis de Saturno.

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Entre as descobertas feitas graças aos dados levantados pela Cassini, está a possível existência de água no subsolo da lua Encélado. Esse satélite tem potentes gêiseres de gelo, que expelem material a uma distância três vezes maior que o diâmetro da lua. Os gêiseres foram vistos pela primeira vez em fotos feitas pela Cassini.

Na missão prorrogada, a Cassini poderá chegar a apenas 25 quilômetros da superfície da lua. A sonda ainda fará uma observação do equinócio de Saturno, quando o Sol passa pelo mesmo plano que os anéis do planeta.

Ao partir da Terra, a Cassini transportou outra sonda, a Huygens, da Agência Espacial Européia (ESA), que foi lançada na superfície da lua Titã.

A combinação dos dados obtidos pela Huygens com as observações feita pela Cassini, a partir do espaço, está levando cientistas a traçar paralelos entre essa lua e a Terra. Titã parece ter lagos, rios, dunas, nuvens e, talvez, vulcões. Mas o líquido que esculpe a paisagem não é água, mas uma mistura de hidrocarbonetos, como metano e etano, a uma temperatura de 180ºC negativos.

A Cassini foi lançada da Terra em 1997, enfrentando, na época, uma polêmica por conta do combustível nuclear que usa para gerar energia. A sonda chegou a Saturno em 2004. A Huygens, por sua vez, pousou em Titã em 2005. (AE)

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