Etiópia recusa arbitragem do Banco Mundial sobre represa no rio Nilo

O primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn, rejeitou a arbitragem do Banco Mundial em uma disputa com o Egito sobre a represa hidrelétrica que a Etiópia está construindo no rio Nilo. Desalegn recusou no sábado a sugestão feita pelo Egito no fim de dezembro de que o Banco Mundial deveria solucionar a disputa com a Etiópia sobre a construção de barragem no rio Nilo que, segundo o Egito, ameaça a segurança do abastecimento de água no país. O Sudão também faz parte das negociações porque o rio Nilo passa pelo país no caminho para o Egito.

“A Etiópia não aceitará o pedido do Egito de incluir o Banco Mundial nas negociações da comissão técnica tripartite sobre a barragem”, disse Desalegn à agência de notícias estatal da Etiópia, após ter visitado o Egito na sexta-feira, onde se encontrou com o presidente do país, Abdel-Fattah el-Sissi. “Há uma oportunidade para os três países resolverem eventuais disputas sozinhos.” A Grande Barragem Renascença da Etiópia, de US$ 5 bilhões, está 63% completa. Quando concluída, deve gerar cerca de 6.400 megawatts – a produção atual da Etiópia é de 4.000 megawatts. Fonte: Associated Press.

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