Controle populacional na China está ameaçado

A Comissão Nacional de População e Planejamento Familiar da China advertiu nesta segunda-feira (7) que o país mais populoso do mundo pode enfrentar uma “repique” na taxa de natalidade porque muitos novos-ricos estão ignorando as leis de controle populacional. A política de planejamento familiar da China, implementada a partir do final da década de 1970, determina que os casais urbanos, em sua grande maioria, podem ter apenas um filho; e os rurais, dois. O objetivo é conter o crescimento populacional e conservar as reservas naturais do país.

Mas o aumento do nível de renda tem permitido que alguns casais paguem a multa estipulada para os filhos extras, que pode chegar ao máximo equivalente a R$ 50 mil. De acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, a Comissão Nacional de População e Planejamento Familiar descobriu que “o número de ricos e famosos tendo mais que um filho está crescendo rapidamente, e quase 10% deles têm até mesmo três filhos”.

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Não é apenas nas cidades que a lei de controle da natalidade está sendo ignorada. Parte da razão pela qual famílias no campo se recusam a obedecer a lei é o desejo de ter filhos homens. Especialistas dizem que essa preferência também leva os pais a não registrarem as meninas e aumenta casos de aborto e infanticídio de bebês do sexo feminino.

Casamento

A Constituição chinesa estimula a população a se casar e procriar mais tarde na vida. Homens são autorizados a se casar a partir dos 22 anos, e mulheres, a partir dos 20. A China tem 1,3 bilhão de pessoas, o que representa 20% da população mundial. O governo tem prometido manter o país com menos de 1.36 bilhão de habitantes até 2010, e com menos de 1.45 bilhão até 2020. No final de 2006, os homens eram 51,5% da população chinesa.

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