Moradores do bairro Santa Teresinha e ruas adjacentes, em Santo André, estão se sentindo completamente desprotegidos por conta dos assaltos frequentes que acontecem na região. Um dos moradores, que prefere não se identificar, relata que os problemas não são casos isolados, pois desde de outubro a situação tem piorado. Somente em dezembro o morador do bairro foi assaltado duas vezes.
“A maioria dos assaltos acontece por volta das 7h e são sempre os mesmos que cometem o delito. Não tem ronda no bairro e acabamos sempre nos deparando com os mesmos delinquentes”, diz. O reclamante explica ainda que no mesmo dia em que foi assaltado outras duas adolescentes que estavam a caminho da escola também foram roubadas. “Os delitos acontecem sempre por três motos, uma que fica dando guarda com dois indivíduos e outras duas que fazem o arrastão”, observa.
Para a estudante de advocacia, Michelle Reis, 22, os assaltantes não tem foco para praticar o ato, são diversas as ruas que o problema se repete. “A praça Rui Barbosa é um dos pontos mais perigosos, principalmente quando tem o pessoal da igreja por lá de manhã, sempre tem assalto”, diz. Por conta dos incidentes, a estudante relata que por ter sido assaltada no local há pouco mais de um mês decidiu não sair mais com o celular para evitar a criminalidade.
A situação também se repete no Camilópolis. Anderson dos Santos, 42, morador do bairro, conta que no último dia 2, sua sogra foi roubada na porta de casa ao final da tarde. “Levaram o carro da amiga dela e as bolsas”, diz. Em relação as rondas no bairro reforça que “a GCM nunca passa por aqui, já a Polícia Militar é raro, mas ainda vem”, diz. As reclamações de assaltos se repetem ainda nos bairros Jardim Bom Pastor, Vila Scarpeli, Vila Floresta e Jardim Ocara.
A Guarda Civil Municipal de Santo André informa que realiza rondas setorizadas e preventivas no bairro, por meio da 2º inspetoria. Além disso, atua com a Operação Ponto Seguro, que coloca o efetivo nos pontos de ônibus da cidade, em parceria com a Polícia Militar e a Polícia Civil, com foco na proteção ao trabalhador que precisa pegar transporte coletivo muito cedo, coibindo os furtos nestes locais.
O RD entrou em contato com a Polícia Militar, no entanto, não recebeu retorno até o fechamento da reportagem.