A busca da redução de filas e a realização de readequações em algumas áreas causaram transtornos na Prefeitura de Santo André no primeiro ano de gestão de Paulo Serra (PSDB). As principais polêmicas foram em torno do fechamento de sete unidades de saúde para reforma e a readequação da planta genérica que vai gerar aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para habitações que tiveram alguma valorização.
A Saúde foi o primeiro foco da administração Serra. A primeira ação foi a instituição do Fila Zero, programa que trocava para da dívida de impostos de clínicas e consultórios por serviços para a população que aguardava por exames e cirurgias. Segundo o próprio prefeito, 75 mil consultas foram realizadas desde então.
A proposta que é considerada um sucesso pela gestão, não foi tão bem aceita no início, principalmente quando teve que passar pela Câmara para a autorização, pois em parte o governo estava renunciando receitas. Apesar de algumas críticas do bloco oposicionista, a propositura seguiu.
Outro ponto da área da Saúde foi o programa “Qualisaúde” que visa remodelar equipamentos públicos. Na primeira etapa, sete unidades foram fechadas para reforma. O transtorno causado aos munícipes virou alvo de críticas de todos os lados. Muitos acreditam que não seria necessário o fechamento de unidades para reforma. O governo pretende entregar as unidades remodeladas em 2018.
Mas o programa não causou apenas reclamações dos munícipes, mas também virou uma pedra no sapato da então secretária de Saúde, Ana Paula Peña Dias, que tentou explicar a proposta para os vereadores em audiência pública que acabou em confusão e acusações de agressão a chefe da pasta. Os suspeitos foram os vereadores Almir Cicote (PSB) e Willians Bezerra (PT).
O episódio ocorrido em agosto culminou em uma guerra nos bastidores, muitos defendiam a saída imediata de Ana Paula que ficou no cargo até novembro, quando Paulo Serra aceitou o seu pedido de exoneração, após diversas tentativas. Márcio Chaves, ex-secretário de Saúde de Mauá assumiu a vaga.
IPTU
Outra proposta que causou polêmica foi a atualização da planta genérica do município. A planta não era atualizada desde 2002, assim gerando a possibilidade de aumento no IPTU mesmo sem a alteração de sua alíquota. A princípio o reajuste foi negado, depois o governo salientou que seria feita justiça social, pois os mais pobres não sofreriam com possíveis aumentos.
Porém, com a entrega do orçamento municipal que estima uma arrecadação com IPTU 118% maior para o próximo ano em comparação com 2017, a polêmica retornou a política andreense. Paulo Serra teve que enviar uma proposta com um limitador para que não houvesse aumentos abusivos nas contas que chegarão aos munícipes em janeiro. Mas muitos acreditam que ainda sim, a proposta resultará em uma crise logo no início de 2018.