O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), chegou à conta de 14 votos assegurados até a tarde desta terça-feira (19), para aprovação da taxa do lixo, na Câmara dos Vereadores. A redação será votada em duas sessões extraordinárias previstas a partir das 9h30, desta quarta-feira (20). Por ora, outros oito parlamentares ainda estariam relutantes, porém, a proposta necessitaria de 12 sufrágios para passar em plenário e ser sancionada pelo chefe do Executivo em seguida.
Quem vota a favor
Na visão do governo, os 14 vereadores de Mauá que votarão a favor da proposta da taxa do lixo são Melão (PPS), Ivan (Avante), Chiquinho do Zaíra (Avante), Fernando Rubinelli (PDT), Cincinato Freire (PDT), Jair da Farmácia (PMDB), Professor Betinho (PSDC), Manoel Lopes (DEM), Gil Miranda (PRB), Pastor José (PSDB), Jotão (PSDB), Severino do MSTU (Pros), Ricardinho da Enfermagem (PTB) e Sinvaldo Carteiro (PSDC).
Quem vota contra
A poucas horas da votação, ao menos oito parlamentares permaneceram contrários à instituição da taxa do lixo em Mauá, a partir de 2018: Adelto Cachorrão (Avante), Betinho Dragões (PR), Samuel Enfermeiro (PSB), Irmão Ozelito (SD), Neycar (SD), Tchacabum (PRP), Bodinho (PRP) e Marcelo Oliveira (PT). Pressionado pelo governo, Bodinho, que preside a comissão de Justiça e Redação, dará parecer favorável pela legalidade do projeto, mas votará contra a matéria em plenário.
Apoio
Como presidente do Legislativo de Mauá, Admir Jacomussi (PRP), pai de Atila, está impossibilitado regimentalmente de votar, pela ocupação do cargo, mas já manifestou internamente o apoio à criação da taxa do lixo e também ajudou a articular na base aliada a quantidade de votos suficientes para aprovação da matéria.
Justificativa
O núcleo duro da gestão Atila justifica a taxa do lixo como a única forma de quitar R$ 14 milhões de dívidas com a Lara Central de Tratamento de Resíduos Ltda, prestadora dos serviços de coleta e destinação de resíduos sólidos na cidade. A empresa ameaça paralisar os trabalhos. O governo alega que paga R$ 3,3 milhões por mês, somando os valores contratuais e mais a repactuação de dívidas deixadas por gestões anteriores.
Austeridade
O presidente da Câmara de Santo André, Almir Cicote (PSB), fez um balanço dos trabalhos dos vereadores no exercício 2017. Entre as medidas destacadas, o chefe do Legislativo destacou que deve devolver ao governo do prefeito Paulo Serra (PSDB) aproximadamente R$ 6 milhões ao fim do ano, após já antecipar a devolução de R$ 5 milhões – o que totalizariam R$ 11 milhões. O saldo restante retorna aos cofres municipais até o dia 29 deste mês.
Custos
O principal mote da entrevista de Cicote foi o plano de austeridade adotado no comando do Parlamento. Entre as medidas citadas, estão a redução de 42 cargos comissionados, a retração de 50% no consumo da cota de combustível, economia de 86% a partir da aquisição de secadores automáticos para as mãos nos banheiros (em substituição ao papel toalha), corte de 55% no consumo de selos e 25% na cota de fotocópias.
Projetos
Em 2017, a Câmara de Santo André aprovou 62 projetos de autoria dos vereadores e outros 45 projetos do Executivo. Para o próximo ano, Cicote projetou um Legislativo mais efetivo. “Vamos dar continuidade aos projetos para garantir a otimização dos serviços, a completa digitalização dos processos com o intuito de eliminar, de vez, o uso de papel, além de continuar buscando alternativas sustentáveis e inovadoras que contribuam no uso consciente de recursos públicos”, prevê o chefe do Legislativo.
Correios
O presidente da Câmara de Diadema, Marcos Michels (PSB), e os vereadores Cicinho Diadema (PRB), Márcio Junior (PV), Companheiro Sérgio (PPS), Luiz Paulo (PR), Paulo Bezerra (PV), e Pretinho do Água Santa (DEM) e Josa Queiroz (PT) ouviram os representantes regionais dos Correios, nesta terça-feira (19), para cobrar solução para as crescentes filas na agência da avenida Sete de Setembro, Centro. A proposta inicial é transferir entregas em outras unidades da estatal.