“Eu posso falar, a linha 18-Bronze do Metrô não vai sair. Eu estou lá (Assembleia Legislativa) e estou vendo, não vai sair”. A afirmação é do deputado estadual Luiz Turco (PT) no programa Rastilho, do RDtv, na última sexta-feira (8). Segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2018 do Governo do Estado, foi destinado ao projeto o valor de R$ 20,8 milhões.
A proposta do Estado indica que o valor é destinado para “participação do poder concedente no acompanhamento do processo de implantação a linha 18 – Bronze, trecho Tamanduateí (SP)/Djalma Dutra (SBC). Com extensão de 14,9km e 13 estações”. Em relação a porcentagem para a obra, o objetivo é chegar a 1%, ou seja, iniciar o processo no ano em que a obra deveria ser entregue.
A proposta de PPP (Parceria Público-Privada) foi assinada em 2014 e estava orçada em R$ 4,6 bilhões, com R$ 2,4 bilhões oriundos do Poder Público e o restante sendo bancado pelo Consórcio VemABC, que será responsável pela obra (então com o tempo estimado de quatro anos) e de sua operação (por 21 anos).
O inicio da obra foi postergado, pois o Governo do Estado aguardava autorização para obter um empréstimo para começar as desapropriações. Até então, o fato não aconteceu, pois o rating do Estado era de C-, nota insuficiente para obter esse empréstimo, porém na semana passada a mesma nota subiu para B, assim permitindo o empréstimo, porém nada constava diretamente sobre a Linha 18-Bronze.
“Está na hora dos prefeitos da região se reunirem e pressionarem o Governo do Estado para a essa obra sair. O que eu posso dizer é que no próximo período essa obra não vai sair. Estou lá (na Assembleia Legislativa) vendo tudo isso, debatendo o orçamento e nada consta. Não vai sair”, concluiu Turco.
Emendas
Outra reclamação de Turco em torno do orçamento estadual é o “não cumprimento” das emendas. Segundo o parlamentar, dos R$ 30 milhões que poderia indicar o destino, apenas R$ 300 mil foram cumpridos e que se transformaram em três ambulâncias destinadas para Santo André, Diadema e Ribeirão Pires. “Existem deputados da base do governo que reclamam sobre a falta de cumprimento. Infelizmente não tem um diálogo”, explicou.
Saúde
Outro ponto de críticas do deputado estadual é o fechamento de sete unidades de Saúde em Santo André, por causa do programa Qualisaúde. “Pode ser que existam unidades que precisam de reforma, mas considero que o Governo se precipitou em relação ao fechamento destas unidades. Algumas não suportam receber as pessoas do bairro, imagina dos bairros ao lado onde essas unidades foram fechadas”, disse o parlamentar.
Confira a íntegra da entrevista: