Desburocratizado pelo governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), o programa municipal “Amigos da Praça” encerra 2017 com economia estimada de R$ 1,9 milhão nos serviços de manutenção, roçagem e irrigação. Atualmente, o número de locais adotados chega a 75, com 45 apadrinhados entre empresas e pessoas físicas. Entretanto, os serviços de poda de árvores têm calculados apenas a 10 mil de 77 mil em vias públicas, alcance de aproximadamente 13% da demanda.
Em entrevista ao RDtv, o vice-prefeito e secretário de Manutenção e Serviços Urbanos, Luiz Zacarias (PTB), afirma que as adoções estão bem distribuídas em áreas centrais e periféricas da cidade. Acompanhado pelo diretor do Dmav (Departamento de Manutenção de Áreas Verdes) – setor vinculado à Pasta –, Valdemar Campião Junior, o petebista, porém, reconhece que o setor ainda sente o cenário de austeridade na receita do governo.
“Começamos com uma situação de calamidade e atraso de pagamentos às empresas que prestavam serviços, o que nos forçou a fazer parcelamentos com esses fornecedores. Por isso, iniciamos os trabalhos de zeladoria com equipe própria do Dmav. Somente depois acertamos a situação com a Serg (Paulista Construções e Serviços Tecnicos Ltda) – empresa terceirizada contratada para manutenção de áreas verdes –, que aí também ajudou na zeladoria”, descreve secretário.
Por outro lado, o governo observa com êxito o número de praças adotadas pelo município no primeiro ano do programa, uma vez que a projeção inicial era muito mais modesta: 100 locais em até quatro anos. Uma ação similar também foi adotada pela gestão do ex-prefeito Carlos Grana (PT), porém, apenas 15 áreas foram apadrinhadas. “Quanto mais parceiros, melhor. Com esse número de praças adotadas, economizamos R$ 1,9 milhão por ano”, completa Campião.
Quando o assunto é poda de árvore, os dados são mais modestos por enquanto. Segundo Zacarias, as dívidas com fornecedores, como a Serg, obrigou o Dpav a trabalhar com apenas a equipe própria até haver um acordo com a terceirizada. “Tivemos um Orçamento apertado, pagando mais de R$ 150 milhões em dívidas. E isso prejudicou bastante no investimento para empresas de roçagem. Mas o governo corrigiu essa falha e a Serg está trabalhando conosco”, diz o vice-prefeito.
Além de aproximadamente 10 mil podas, a Secretaria de Manutenção e Serviços Urbanos realizou de 300 remoções de árvores. Atualmente, a Pasta conta como prioridade as remoções de troncos com perigo de queda ou que obstruam garagens. A precaução ocorre na iminência da chegada do verão e consequentemente das fortes chuvas. O discurso da Pasta é de esforço dobrado, embora reconheça que o cobertor ainda é curto para corresponder a toda demanda da cidade.
Outra duas prioridades surgem na Pasta no próximo ano, conforme destacou Zacarias. Uma delas é o programa de recapeamento asfáltico a partir do próximo ano. “Nosso asfalto está ruim. Então o prefeito lançará um novo programa em 2018. Já temos todas as ruas que deverão sofrer essa intervenção. Mas como o nosso Orçamento é apertado, despesas são altas e ainda pagando dívidas, algo em torno de R$ 150 milhões, precisaremos ir atrás de outros recursos”, pontua.
Enquanto ainda busca formas de destravar o planejamento de recapeamento asfáltico, o governo definirá quais serão as próximas regiões que serão atendidas pelo programa “Banho de Luz”, que tem o intuito de trocar as 52 mil luminárias nas ruas de Santo André por equipamentos mais modernos, como lâmpadas de vapor metálico (ruas adjacentes) e LED (vias principais), em um período de 20 a 24 meses. Até o fim deste mês, 4 mil luminárias serão substituídas nos bairros Vila Curuçá, Parque das Nações, Bangu, Jardim Stella, Jardim Jamaica, Jardim Oriental e Jardim Cristiane.