Economia afeta movimento em churrascarias do ABC

Willian do Carmo, do Tendal Grill, espera que o movimento seja melhor que o do ano passado (Foto: Pedro Diogo)

Tradicionalmente o mês de dezembro é marcado por encontros entre amigos e colaboradores de empresas para realização de festas e confraternizações. Apesar de alguns segmentos da economia avançarem, mesmo que de forma tímida, o momento atual ainda não favorece setores da gastronomia, como as churrascarias. Os estabelecimentos costumam ser muito procurados nessa época do ano, porém, o reflexo atual ainda não atinge os estabelecimentos da região, que apresentam expectativa muito abaixo do esperado.

A reportagem do RD percorreu algumas churrascarias do ABC e constatou que de fato o início do mês não está favorável para o setor, já que existe muita especulação para reservas neste final de ano, mas que acabam não sendo fechadas.

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No Tendall Grill, em Santo André, apesar de a casa registrar boa ocupação em datas comemorativas, a projeção para este ano está abaixo do mesmo período do ano passado. “O movimento está cerca de 10% menor por conta do momento atual. Mas ainda espero que possa ter reação e ser melhor que o ano passado, no comércio a gente nunca sabe”, afirma o gerente Willian do Carmo, que trabalha há 22 anos no local. O valor do buffet sai por R$ 39,90 por pessoa, a partir desta sexta-feira (8), sem bebidas inclusas.

Na churrascaria Campestre Grill, também em Santo André, o sentimento não é diferente. A casa, em atividade desde 2010, está com a agenda aberta e até o momento realizou poucas reservas. A administração informa que até os clientes mais fiéis que costumavam comparecer duas vezes por semana, por exemplo, agora estão frequentando o local a cada 15 dias. “O volume de reservas de fim de ano está 40% menor. A gente espera que melhore a partir da próxima semana”, afirma Inês Dallemole, sócia proprietária. O rodízio no local sai por R$ 60 por pessoa.

Em São Bernardo, na Rota do Frango com Polenta, o Pinheirão Grill, também está com poucas reservas. Um dos sócios da casa, Itacer Siqueira, alega que existe procura, mas a consolidação para grupos não está ocorrendo da forma esperada. “Ano passado também estávamos em crise, mas foi melhor. Muita gente de empresas grandes como Scania e Volkswagen nos procuravam, mas até agora nada”, comenta. No espaço, o rodízio sai por R$ R$ 54,90 aos finais de semana. Para reservas de confraternização, acima de 10 pessoas, existe desconto de 10%.

(Foto: Pedro Diogo)

Picanha de Ouro aponta melhora

Na contramão de outros estabelecimentos da região, a churrascaria Picanha de Ouro, no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo, aposta na rotatividade da clientela e, para isso, está trabalhando com preço abaixo da média, R$ 28,90 na semana e R$ 38,90 aos finais de semana.

A direção da casa afirma que está com bom volume de reservas e por conta do trabalho contratou mais quatro funcionários extras. O espaço tem capacidade para 300 pessoas em dois salões e opera com 35 colaboradores fixos. “Espero um faturamento 20% maior que o ano passado. Diminuímos a margem de lucro e apostamos em maior rotatividade de clientes”, diz o proprietário, Josias Rossi (foto).

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