Ho, ho, ho, o Papai Noel chegou! O Natal é uma das principais festas do calendário de países cristãos e é celebrado desde o fim da Idade Antiga, no dia 25 de dezembro. A data remete ao nascimento de Jesus Cristo, tido como o Filho de Deus e Salvador da humanidade pelos cristãos. Além do significado, dependendo da religião, o Natal carrega características criadas ao longo da história mundial, com cerimônias, como a missa do galo, e muitos símbolos. A montagem do presépio, a guirlanda na porta, a chegada do bom velhinho, a troca de presentes entre as famílias, o momento da ceia, as casas com luzes e enfeites, e o espírito solidário figurado nos trabalhos voluntários são alguns deles.
Cláudio de Oliveira Ribeiro, professor do curso de Pós-Graduação em Ciências da Religião, da Universidade Metodista, considera que o cristianismo conseguiu sensibilizar as pessoas na dimensão do homem com a humanização de Deus no menino Jesus. É no sentido de ajudar o próximo e compartilhar o pão que a fé cristã, junto ao relato que Jesus, teria ganhado presente dos três reis magos, Baltazar, Melchior e Gaspar, ouro, incenso e mirra, logo ao nascer. O episódio sensibilizou as pessoas para a repartição.
“É um dia de represamento de emoções, todos ficam com sentimentos à flor da pele, mais solidários, especialmente no Brasil, onde a data coincide com a virada do ano e com o fim do calendário”, explica. Na visão do mestre, apesar da importância do Natal, há quem se esquece do real significado da celebração e se reúna apenas para trocar presentes e passar o dia em família apenas para cumprir um rito social.
Menos religioso – Entretanto para outros não é de se estranhar que os que viveram um feliz Natal na infância tendem a manter a tradição todos os anos, se juntem para celebrar o Natal em família, desfrutem de um bom vinho e mesa farta. É desta data, também, que o comércio aproveita para captar o espírito festivo e da fé cristã e transformar em mercadoria. “Há elementos religiosos e bíblicos presentes em relatos que realmente são advindos do cristianismo. Outros, como o Papai Noel, são apenas figuras acrescidas ao longo dos anos”, comenta o professor da Metodista.
Principais símbolos:
Árvore: reúne dois símbolos religiosos: a luz de Cristo e a vida representada por bolas.
Ceia: simboliza o banquete eterno e união da família.
Estrela: guiou os três reis magos até o local de nascimento de Jesus.
Guirlanda: confeccionado com flores e frutas, o enfeite de porta representa a esperança da Primavera.
Papai Noel: figura inspirada em São Nicolau, arcebispo que anonimamente presenteava todos os anos crianças pobres na Turquia.
Presépio: inspiração de São Francisco de Assis que reproduziu no teatro a cena do nascimento de Jesus.
Sinos: representam o anúncio pela humanidade.
Missa do Galo: corresponde ao ritual da véspera de Natal.