A proliferação de pernilongos, na Vila Caminho do Mar, Anchieta, e adjacências, em Rudge Ramos, São Bernardo, tem amendrontado os moradores. Para minimizar o problema apelam para inseticidas, raquetes elétricas e fechamento de janelas. A queixa é que a aparição dos mosquitos se intensificou após a construção de piscinão próximo, há mais de um ano, que funciona descoberto e serve de suporte para drenagem das águas que correm para a Vila Vivaldi.
O aposentado Aguinaldo José dos Santos, morador na rua Paulo Di Favari, afirma que todo final da tarde é obrigado a fechar as janelas. “A Prefeitura precisa cobrir o piscinão”, diz. Shirley Alcarpi, moradora na rua São Martins, conta que sofre picadas porque não pode ligar o repelente elétrico. Nesta semana, foi médico, pois contraiu problemas respiratórios causados pelo aparelho. “Nunca vi tanto pernilongo, tem vizinhos até vendendo e alugando a casa porque já não aguentam mais”, diz.
Na rua José Patrício, Angela Maria Cruz Pianta conta que não consegue dormir com o zumbido dos insetos e pela manhã eles ficam na garagem. “Acordo à noite para matar os pernilongos, fora os que ficam nas plantas e nos caibros do telhado”, reclama. Amalia Thomioka, questiona as bocas de leão na rua, pois não há enchente. “Além do mal cheiro, baratas e ratos sobem para as casas”, diz. A aposentada afirma que os vizinhos colocaram borrachas em cima das grades do bueiro, no entanto, alguns moradores chegaram a ser multados. “Minha vizinha recebeu multa de R$ 600, porque cobriu o bueiro. Mas vir desratizar e dedetizar ninguém vem”, diz.
A professora da USCS (Universidade de São Caetano), Marta Marcondes, explica que a água do piscinão pode ser foco para a proliferação de insetos. “Os pernilongos botam os ovos na lâmina da água e sem a existência de predador natural, ocorre proliferação”, explica. Para Marta, o ideal para manutenção do espaço seria realizar a limpeza com aplicação de inseticida natural a cada vez que o reservatório esvaziasse.
A Prefeitura de São Bernardo informa que a limpeza do piscinão foi realizada no dia 27 de novembro, conforme cronograma mensal. O local é monitorado pelo Centro de Controle de Zoonoses desde janeiro, que realiza tratamento químico com larvicida e inseticida, bem como vistorias nas residências vizinhas. A frequência da vistoria é mensal devido à duração da aplicação.
Quanto à implantação de equipamento de drenagem, informa que há estudo para que não sejam instalados sem a real necessidade, em função do custo que pode acarretar aos cofres públicos. (Colaborou Amanda Lemos).