Dólar se firma em queda com avanço do petróleo

Após passar a manhã volátil, o dólar se firmou no campo negativo e renovou as cotações mínimas ante o real nesta tarde de sexta-feira, 17. Segundo profissionais do mercado, o câmbio doméstico seguiu o movimento global de enfraquecimento da moeda americana e o cenário mais positivo para divisas emergentes ligadas a commodities, diante dos ganhos do petróleo no mercado internacional.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,47%, a R$ 3,2636. O volume foi de US$ 1,680 bilhão. Na mínima, chegou a R$ 3,2564 (-0,70%) e, na máxima, a R$ 3,2884 (+0,29%). Na semana, a moeda americana acumulou queda de 0,46%.

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Os preços da commodity aceleraram os ganhos com base em novos sinais dados pela Arábia Saudita de apoio à extensão do acordo de corte na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 2,46%, a US$ 56,71 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para o mesmo mês avançou 2,22%, a US$ 62,72. Na semana, o WTI perdeu 0,05% e o Brent recuou 1,26%.

Para Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae, outro motivo para a depreciação do dólar é a agenda esvaziada tanto no campo externo quanto no doméstico. “Ainda é preciso ver como vai ficar a reforma tributária nos Estados Unidos; a Câmara aprovou a proposta ontem, mas há bilionários que são contra o corte de impostos por lá”, afirmou Spyer.

Bruno Foresti, gerente de câmbio do Banco Ourinvest, avalia que, com o cenário externo mais favorável, o dólar passou por uma correção após as altas recentes. Segundo ele, o cenário interno não fez preço no câmbio nesta sessão. “O desbloqueio de recursos do Orçamento ajuda a melhorar o ambiente doméstico, mas não vejo esse ponto como crucial no mercado hoje”, afirmou.

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do quinto bimestre, divulgado nesta tarde pelo Ministério do Planejamento, trouxe a liberação de R$ 7,515 bilhões em recursos que estavam bloqueados no Orçamento deste ano.

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