Em entrevista ao RDtv, na última quarta-feira (1º), o ex-prefeito de São Bernardo e atual presidente estadual do PT, Luiz Marinho, falou sobre sua pré-candidatura ao Governo do Estado que será lançada em dezembro. O petista salientou que maior parte da legenda está ao seu lado. Além disso, reforçou suas críticas as gestões tucanas em São Paulo e relembrou situações onde não conseguiu investimentos do comando do Palácio dos Bandeirantes.
Sobre a pré-candidatura, Marinho salientou que o partido ainda constrói essa possibilidade. “90% ou mais do partido deseja a minha candidatura. Tem o ritual do partido, a construção que temos que trabalhar. As definições finais, verdadeiras se darão nas convenções, mas a força do partido diz que nós devemos colocar imediatamente o meu nome à disposição do eleitorado de São Paulo, dizendo sobre minha pré-candidatura”, explicou.
Durante a entrevista, Luiz Marinho evitou comparações entre o anúncio antecipado de sua pré-candidatura e a “demora” para o anúncio de Tarcísio Secoli (PT) para a sua sucessão em São Bernardo, algo que alguns membros da legenda no município consideram como um dos principais fatores para a derrota do petista.
“Aquela eleição (2016) foi atípica, foi um ponto fora da curva. Aconteceu um massacre contra o PT muito grande. Além disso, muitas pessoas falavam para mim que não tinham nada contra e que se eu fosse o candidato elas votariam em mim, mas elas diziam: ‘o PT precisa de um castigo’. Então não dá para comparar as duas situações”, afirmou.
Quando o assunto foi o atual governo paulista, Marinho não escondeu sua irritação com o formato adotado pelo PSDB. Sua principal reclamação foi sobre a falta de investimentos em dois projetos. O primeiro é o Drenar, programa que visa acabar com as enchentes no município, principalmente na região central. A principal reclamação do petista é o não cumprimento da promessa de investimentos na ordem de R$ 50 milhões para finalizar o piscinão do Paço.
O segundo projeto é a linha 18-Bronze que ligaria a Capital ao ABC, passando por São Caetano, Santo André e São Bernardo. “Era para ficar pronto em 2017, mas até o momento não tem nenhum parafuso, nenhum prego pregado”. A obra passa pelo obstáculo das desapropriações, pois o Governo do Estado busca um financiamento internacional para bancar essa situação. A estimativa é de gastos em torno de R$ 50 milhões para bancar as primeiras medidas. A verba não saiu devido à falta de uma nota mais elevada para obter o crédito.