No início da manhã desta quarta-feira (18), um terreno localizado no bairro Inamar, em Diadema, foi ocupado por 30 famílias que já moravam próximas ao local. Técnicos da Prefeitura e Guardas Civis Municipais (GCMs) impediram que a construção dos barracos avançasse. Uma reunião entre os ocupantes e os membros da Secretaria de Habitação ocorrerá nesta quinta-feira (19).
A área ocupada fica entre casas construídas na Passagem Esperança, ao lado do supermercado Bem Barato, e um área ambiental cercada pela Estrada do Rufino, um dos principais acessos entre os bairros Inamar e Serraria. Sem ter mais que cinco metros de largura, o local é cercado por muita sujeira, mesmo ficando ao lado de uma área de proteção ambiental.
Apesar do grupo já ter moradia em uma área próxima, as famílias falam das dificuldades de pagar o aluguel. “A situação não está fácil, não conseguimos pagar mais o aluguel, então estamos em busca de um novo lugar para morar e resolvemos vir para cá”, explicou Gisele Felício, líder das famílias.
Logo que souberam da situação, os secretários de Habitação, Regina Gonçalves, e de Desenvolvimento Econômico, Laércio Soares, foram até o local. Quando chegaram viram que algumas estacas já foram colocadas, demarcando os lotes. Então, demais técnicos da Prefeitura resolveram impedir a construção dos barracos e convidaram estes moradores para uma reunião nesta quinta pela manhã.
Nenhum membro do Poder Executivo diademense deu qualquer explicação sobre o assunto. Segundo os moradores, a Prefeitura alega que não poderia construir casas no local, pois é uma área verde protegida por lei. “Se eles não querem casas aqui, porque ainda não cumpriram a promessa de fazer alguma coisa por aqui, como uma praça?”, questionou Gisele.
Independentemente do resultado da reunião, os moradores já definiram que vão construir os barracos de qualquer maneira, mesmo sem ter uma noção completa sobre o espaço que terão para morar no local, que segundo o grupo, já foram encontradas cobras, e que não apresenta condições mínimas como saneamento básico.