Em um mercado de trabalho cada vez mais exigente e global, a procura por certificados de proficiência em inglês é cada vez mais comum nas escolas de línguas pelo Brasil. Entre os títulos mais procurados para se agregar ao currículo estão os atestados da Cambridge Michigan Language Assessments, que registraram aumento de demanda nos últimos anos para qualificação profissional.
De acordo com a 53ª edição da Pesquisa Salarial da Catho, ter um nível avançado na língua inglesa faz toda diferença no ambiente profissional e pesa, inclusive, no bolso. O levantamento constatou que falar fluentemente inglês pode elevar em até 61% o seu salário, em comparação a um funcionário que não é bilíngue. Para analisar o peso da qualificação nos vencimentos, foram entrevistadas 13 mil pessoas.
Para a diretora pedagógica do Cellep, Patricia McKay Aronis, cada vez mais alunos procuram certificados de níveis avançados em meio à crise econômica e à concorrência mais qualificada. “O que nivela para o mercado é um aluno de pós-intermediário em inglês, que está num nível avançado”, pontua. Os exames são em datas especuladas pela CaMLA no fim de cada semestre e variam entre R$ 750 e R$ 800.
Diretor superintendente da Fundação Fisk, Elvio Peralta diz que a instituição registrou entre 2015 e 2016 média de 8 a 10 mil alunos que receberam o Met (Michigan English Test), ao fim do curso. A projeção para este ano é ainda superar a marca. O certificado é um exame internacional criado pela CaMLA, que avalia a compreensão auditiva, a leitura e as estruturas gramaticais em situações reais.
“Neste ano, já aplicamos 9.403 exames até o momento. Faremos mais uma aplicação no fim de novembro e bateremos mais de 10 mil certificados neste ano. Acredito que o interesse por esse tipo de exame é para ter maior empregabilidade, um cargo mais elevado. Temos usados isso como diferencial para o aluno sair do curso com certificação interacional. Não vejo isso como um interesse de estudar fora, porque aí oferecemos intercâmbio”, destaca.
Há um ano e nove meses nos Estados Unidos, Giovana Peres vive na cidade Walnut Creek, Califórnia. Ainda no Brasil, aprendeu o inglês, com intuito de criar portas para o mercado de trabalho e ao conhecimento. “Meus anos de estudo em escola no Brasil me ajudaram a conseguir com mais facilidade uma host family pra fazer meu intercâmbio. Depois que voltei para o Brasil, com o meu inglês, todas as entrevistas de emprego eu consegui passar, e tenho quase certeza que deve ter sido pelo inglês avançado e pelo intercâmbio consequentemente”, lembra a andreense.