Com a aproximação do final do ano, a preocupação em encontrar uma escola ou creche que atenda todos os requisitos é um desafio para os pais. Isso porque somente na região são variadas as opções de endereços. Portanto, além de procurar o melhor custo-benefício, é necessário observar os requisitos específicos de cada criança, trabalho que exige muita pesquisa e planejamento.
A moradora de São Bernardo, Bruna Rios de Oliveira, mãe de Murilo, de cinco anos, procurou há quase dois meses uma escola de ensino fundamental para matricular o filho e optou por unidade particular devido aos diferenciais oferecidos. “Só tive referência de duas escolas, mas visitei outras. Conversei com várias mães e no geral as escolas oferecem a mesma grade, o que chama atenção são outros aspectos”, diz ao defender que o estabelecimento deve ir além do processo pedagógico e atender aos requisitos de estrutura conservada, boa localização, espaço para recreação e segurança.
A professora e pesquisadora na linha de Gestão Educacional do Programa de Mestrado da USCS (Universidade Municipal de São
Caetano), Sanny Silva da Rosa, orienta que, além de conversarem com profissionais da educação, durante a pesquisa os pais devem se atentar se há espaços internos e externos para brincadeiras, levando em conta que este é o período certo para o desenvolvimento e estímulo da criança, com segurança e quantidade certa de profissionais por aluno.
“Embora a escola seja um espaço coletivo, é importante que a criança tenha um olhar individual, onde as necessidades e diferenças de cada um, como alimentação, tempo de sono, crianças extrovertidas ou tímidas, sejam compreendidas”, explica. Para a pesquisadora, o parâmetro ideal de atendimento na educação infantil é entre seis a oito crianças por profissional acompanhado de auxiliares para o atendimento integrado.
A dica de Sanny é deixar a criança devidamente estimulada, já que um dos maiores erros dos pais é o imaginário social que a escola privada atende melhor que a instituição pública. “A escola quer vender o seu peixe, oferecer cursos de informática, idiomas mas, se pesarem as perspectivas da criança, muitos pais antecipam o desenvolvimento por ansiedade, sem necessidade”, adverte a pesquisadora da USCS.
‘Entender a proposta pedagógica e estrutura é fundamental’
Na visão do presidente do Sinpro (Sindicato dos Professores do ABC), Jorge Maggio, as creches já não têm função social, pois estão inclusas na primeira etapa da educação básica, que vai de zero a
três anos. Por este motivo, os pais devem se atentar à metodologia da escola, estrutura, acessibilidade, alimentação balanceada e, principalmente, se há auxiliares junto aos professores em sala.
“Os pais devem ir além da escola bonita, muitas vezes são pegos nisso. Eles devem entender a proposta pedagógica, se a escola oferece algum tipo de serviço adicional, fiscalizar as instalações e analisar o número de crianças por professor”, orienta.
O Bosquinho, em Santo André, conta com uma completa infraestrutura educativa em quase quatro mil m² de área com piscina semi-olímpica aquecida, quadra poliesportiva coberta, playground, área de lazer, salas de música, brinquedoteca, informática e laboratório. O diferencial da escola está nas aulas de natação e atividades esportivas já inclusas na mensalidade. “Ainda temos atividades integradas, material apostilado e aulas de inglês desde os primeiros anos de ensino”, explica o proprietário, José Francisco Della Pascoa.
A educação infantil do Colégio São José tem foco na formação integral da criança e favorece a criatividade, colaboração, socialização e o desenvolvimento socioemocional com atividade conjunta e brincadeiras no interior e exterior do colégio. As aulas de música desde o berçário, aulas de arte no próprio ateliê e sistema de segurança 24h com monitoramento por câmeras internas e externas são outros fatores positivos do colégio. “O São José é um espaço para brincar, aprender e contribuir para a felicidade e cognição da criança”, explica a diretora Iolanda de Benedetto.