Roldão Atacadista amplia rede em Santo André e Mauá

Instalações do Seta darão lugar ao segundo Roldão em Santo André (Foto: Pedro Diogo)

Após inaugurar a primeira unidade em São Bernardo, no dia 30, o Roldão Atacadista já dá como certa a abertura de mais duas lojas na região, uma em Santo André e outra em Mauá. Serão investidos cerca de R$ 17 milhões em cada planta, com geração de 180 empregos diretos e mais 800 indiretos em cada loja.

A nova unidade de Santo André, a segunda na cidade, vai funcionar nas antigas instalações do Seta Atacadista, na rua André Ramalho, que encerrou as atividades no final de janeiro. A empresa já está com planta em vias de aprovação junto ao poder público e iniciou processo de demolição do novo endereço. O executivo garante que a intenção é inaugurar o empreendimento até dezembro. “Queremos vender peru no Natal”, comenta o proprietário da rede, Ricardo Roldão.

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Já em Mauá, de acordo com o executivo, o processo de ampliação também está em fase avançada e com planta já aprovada. A unidade será instalada no corredor da avenida Capitão João em área da antiga fábrica da Porcelana Shimidt. “A gente abre no início do ano que vem com a mesma estrutura das outras unidades”, garante.

“O ABC por ter uma característica industrial vem sofrendo muito nos últimos três anos, mas a gente acredita que esse desempenho ruim tenha ficado para trás. Daqui para frente acho que volta o ânimo de consumo da região, a atividade econômica e a confiança do consumidor”, destaca ao apontar a importância de estar presente na região.

E a projeção de novos investimentos ainda estão em pauta quando o assunto é o ABC. Ricardo Roldão ressalta que o grupo está analisando outros pontos e desenvolvendo estudos para abertura de outras lojas na região.

“O ABC é bastante desenvolvido e tem muitos operadores, tanto de atacado quanto de varejo, então temos de fazer uma análise profunda para ver se realmente tem espaço para mais lojas ou não”, afirma, ao revelar interesse em se posicionar em São Caetano. Em contrapartida, o empresário acredita que o crescimento das lojas de atacado deve se estabilizar em dois anos e depois disso chegará a um patamar normal de crescimento de mercado.

Crescimento

Ricardo Roldão, que também preside a Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço (Abaas), afirma que o setor de atacado foi bastante beneficiado pela diminuição de renda da população, já que o consumidor ficou mais racional na procura pelos produtos. “Ele está disposto a correr um pouco mais e pagar o menor preço por isso. E o canal com menor custo operacional é o atacado de autosserviço”, afirma.

Apesar do momento de instabilidade na economia, a projeção da rede é fechar o ano com crescimento 10% superior em relação ao ano passado. No entanto, o empresário observa que o setor está sofrendo por conta da deflação registrada na economia brasileira.

“A deflação em commodities está em torno de 12%, é muita coisa. O leite, por exemplo, que vendíamos ano passado a R$ 3,30, hoje está R$ 1,89. O volume continua, mas o valor de venda reduziu drasticamente e isso ocorre com outros produtos”, completa.

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