O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), estuda internamente no seu núcleo gestor reduzir a participação da Fundação ABC na gerência dos equipamentos de Saúde da cidade. A análise do governo passa pelo custo, cujo contrato tem valor global de R$ 186 milhões por ano, conforme serviços prestados, como também por problemas de atendimento à população. No entanto, o assunto é tratado com cautela pela administração.
Atualmente, a Fundação ABC é responsável por atendimentos na atenção básica, urgência e de alta complexidade. A entidade administra o Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini, as 23 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e quatro UPAs (Unidades de Pronto Atendimento 24 horas) situadas na cidade.
A ideia do governo Atila é que a Fundação ABC fique responsável apenas pela gerência do Hospital Nardini, mas não pode adotar essa medida subitamente, visto que parte do quadro de funcionários é da terceirizada.
Por enquanto, a gestão Atila diz que revisa o contrato com a entidade desde janeiro, quando assumiu o atual mandato. Também há um grupo de trabalho envolvendo a equipe de governo e representantes da Fundação ABC, a fim de achar maneiras de adequar o convênio com o propósito de cortar gastos dos quais o Paço considera desnecessários, e ao mesmo tempo, melhorar o serviço prestado.
No Orçamento 2017, a Secretaria de Saúde, comandada pelo ex-vice-prefeito Márcio Chaves (PSD), tem projetada arrecadação de R$ 321,4 milhões de um total de R$ 1,2 bilhão para toda estrutura governamental. Somente o valor do contrato com a Fundação ABC representa 57,87% do valor orçado para Pasta.