Alunos e professores da Universidade Metodista, em São Bernardo, realizam nesta terça-feira (15), na praça do Edifício Delta, em Rudge Ramos, a Vigília pela Educação. De acordo com os professores, o movimento, que acontece às 9h30 e às 21h, é um pré-protesto contra a falta de autonomia e de investimentos nos campi, desrespeito aos direitos trabalhistas e não acompanhamento das reformas curriculares.
José Salvador Faro, um dos representantes do Corpo Docente no Conselho Universitário, afirma que a universidade passa por diferentes mudanças administrativas, financeiras e pedagógicas, implementadas pela Rede Metodista, a mantenedora da instituição.
“Entendemos que a Rede tem sido austera em todas as me didas, uma das últimas é a proposta de extinção do curso de pós-graduação em Administração”, diz ao relatar também a falta pagamento do Fundo de Garantia.
De manhã, a concentração acontece em paralelo à reunião de uma parte da comissão de professores com a reitoria, que receberá a pauta de reivindicações. A comissão, formada por oito docentes, tenta discutir as relações da Metodista com a Rede. “A universidade precisa continuar a cumprir o seu papel, que é a educação e a pesquisa. Não podem mediocrizar os cursos em nome da estabilização financeira”, defende o professor.
“O nosso medo é que reformulem o nosso curso com mais EAD e não presencial, não queremos isso”, diz Girrana Rodrigues Teixeira, aluna do quarto ano de Jornalismo e presidente do Centro Acadêmico de Jornalismo Inês Etienne Romeu, que movimentou a comunidade discente com receio do que possa acontecer com a instituição.
Girrana afirma que o protesto é também contra a implementação do sistema Totvs no lugar do SIGA. Segundo os estudantes, na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), 3 mil alunos foram impossibilitados de efetuarem matrículas após a implementação desse sistema e professores ficaram sem lista de chamadas.
Segundo Girrana, problemas com a falta de infraestrutura também são enfrentados em Piracicaba, como computadores sucateados, internet que não funciona, banheiros sem papel higiênico etc, além do atraso no pagamento dos professores. Por este motivo, a reitoria da Unimep segue ocupada pelos alunos.
“Como Centro Acadêmico, nós manifestamos nosso apoio à Unimep. Não aceitaremos a implementação desse sistema, mudanças na nossa grade curricular ou qualquer decisão da mantenedora sem diálogo com alunos e professores”, afirma.
O RD contatou a universidade sobre o assunto, mas a instituição afirmou que só se manifestará nesta terça-feira (15).