Os trabalhadores da Fundação do ABC (FUABC), juntamente com a direção do SindSaúde ABC, vão realizar nesta quinta-feira (3), ato de protesto e assembleia em frente à empresa, na avenida Príncipe de Gales, em Santo André. Na oportunidade vão decidir os próximos passos do movimento, que pode resultar em início de greve ou medidas judiciais.
O sinal de alerta foi ligado no dia 20/7, com aprovação do estado de greve em assembleia com cerca de 300 trabalhadores na sede do SindSaúde ABC. A entidade reivindica as valorizações de 2016 e 2017, em 9% e 4%, respectivamente.
O SindSaúde diz que a categoria já sofreu com a desvalorização salarial no ano passado e após reunião realizada há quase um mês com a Fundação do ABC, somente no dia 7 de julho, a organização respondeu, via e-mail, que não tem proposta alguma de reajuste, após solicitar 15 dias para avaliar a reivindicação da categoria.
Ano passado, em função da falta de reajuste, o sindicato entrou com Ação de Cumprimento para que a FUABC fosse enquadrada no Sindhosp (sindicato patronal). A entidade ganhou a causa em primeira instância, mas o processo continua em andamento. Enquanto isso, os trabalhadores que não tiveram nenhum reajuste em 2016, foram os únicos da categoria que ficaram sem reajuste também em 2017 (a data-base da categoria é 1º de maio).
“É preciso que a sociedade saiba o que acontece com esses trabalhadores, que têm como missão profissional de salvar e cuidar de vidas, mas que sofrem um tratamento desumano dos patrões, que em última instância são as prefeituras, as quais ainda têm a coragem de ficar fazendo campanha de atendimento humanizado”, disse o presidente do SindSaúde ABC, Almir Rogério Mizito.