Com o objetivo de solicitar revogação do dispositivo da Lei que limita o fechamento de bares e restaurantes às 22h, em Santo André, três sindicatos se uniram e estão mobilizados para tentar reverter a situação. Segundo as entidades, a nova norma vai provocar desemprego de cerca de dois mil postos de trabalho na cidade, entre outras consequências.
O SEHAL (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), o SINTSHOGASTRO (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e Serviços em Geral de Hospedagem e Gastronomia, de Santo André e Região) e o REGRAN (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMRR) pedem mudanças em alguns artigos da Lei, que trazem impactos negativos para os donos e funcionários dos estabelecimentos.
O SEHAL e o SINTSHOGASTRO já haviam firmado um acordo e protocolaram ofício, na semana passada, ao prefeito de Santo André, Paulo Serra, solicitando revogar o dispositivo da Lei. Os sindicatos destacam no documento que a medida trará prejuízo aos empresários, aos empregados e reduzirá a arrecadação na cidade, com o consequente fechamento dos estabelecimentos comerciais.
Agora foi a vez do REGRAN engrossar o movimento após reunião realizada quarta-feira (19), com a diretoria do SEHAL. O sindicato que representa os revendedores de combustíveis, decidiu apoiar a mobilização, já que a Lei é restritiva também para as lojas de conveniência, instaladas dentro de postos. A norma proíbe o consumo de bebida alcoólica dentro dos locais.
Outra crítica das entidades foi o fato de a Lei ter sido alterada sem a participação dos principais interessados, nesse caso, os representantes das empresas e dos empregados do setor de alimentação e hotelaria, assim como os de postos de combustíveis.
Os representantes do SEHAL já estiveram reunidos com o prefeito de Santo André, Paulo Serra, dia 30 de maio deste ano, solicitando providências urgentes por entender que a Lei é restritiva e inviabiliza o funcionamento do comércio. “Explicamos ao prefeito os impactos negativos, agora esperamos uma solução efetiva, já que os representantes dos empregados estão com a gente manifestando a mesma preocupação e agora o REGRAN”, explica o presidente do Sehal, Roberto Moreira.
Com o ofício protocolado na Prefeitura, que também será entregue ao legislativo municipal, os sindicatos patronal e de empregados esperam sensibilizar o poder público sobre o prejuízo que a Lei acarretará aos empresários, trabalhadores e à própria cidade.