Há pouco mais de seis meses na presidência da Fundação Florestan Fernandes, em Diadema, Cacá Vianna revelou que com remanejamento e algumas parcerias conseguiu o aumento 38,6% no número de vagas oferecidas nos cursos. Ao RD, o gestor revelou ainda a busca da documentação necessária para que entidade possa também certificar os seus formandos, assim atraindo empresas e outros parceiros.
Com as mudanças em alguns cursos, como fotografia e manicure, que passaram de semestrais para trimestrais, além de outras disciplinas que são ministradas em alguns bairros, a Fundação viu suas vagas subirem de 745 no início do ano para 1.037 no início do segundo semestre. “Não houve aumento de custos, o que houve foram algumas mudanças pontuais, mas que já ajudam no crescimento da instituição”, disse Viana.
O aumento não foi registrado apenas nas vagas nos cursos, mas também na procura. Segundo os dados da Fundação, 6.350 pessoas participaram do processo seletivo para o segundo semestre, a maior demanda encontrada nos quase 21 anos de existência da instituição municipal.
“Acho que o motivo do crescimento foi o investimento na informação. Começamos a fazer o programa ‘Fundação Vai a Escola’ onde falamos sobre os cursos e também fazemos algumas palestras sobre combate as drogas, por exemplo. Assim, todos passaram a ver a Fundação como um bom caminho”, explicou Cacá Viana.
Mesmo com o aumento na demanda e das vagas, a Fundação Florestan Fernandes ainda busca a possibilidade para ter mais cursos, e principalmente, a certificação do curso do Jovem Aprendiz. Para tanto, esses alunos absorvidos pelas empresas devem estar em curso de qualificação, que é o que a Fundação oferecerá a esses adolescentes. Para isso foi dada a entrada para que a sede da instituição, localizada na região central de Diadema, tenha o seu AVCB (Alvará do Corpo de Bombeiros). “O poder público exige isso das empresas, mas também deve ser exigido”, falou o presidente.
Novos cursos
Com a conquista do documento, o local pode receber outros cursos técnicos. Viana revelou que o Centro Paula Souza chegou a procura-lo, mas que por causa da falta desta documentação, as negociações não avançaram. Além disso, o alvará também resolverá outro problema, pois dará a oportunidade para que a entidade procure o Ministério do Trabalho para que seus cursos também tenham uma certificação, assim facilitando a entrada de seus alunos no mercado de trabalho.
Social
“Os alunos precisam de informação e querem isso, então passamos a fazer palestras e workshops com várias pessoas não apenas para ensinar sobre uma profissão, mas também mostrar exemplos que deram certo”, explicou Viana. Entre as palestras que ocorreram este ano está a do ginasta e medalhista olímpico, Diego Hypólito.
Outro plano que foi protocolado neste ano na Fundação foi o ‘Dia da Família’. O primeiro movimento aconteceu em maio e o próximo, já com o nome da ação, vai acontecer em outubro. Os alunos vão mostrar aos seus familiares e amigos seus conhecimentos nas mais diversas áreas. Outro plano futuro da entidade é a instalação de uma cozinha industrial para o curso de gastronomia.