‘Outros Tempos – Velhos’ retrata a 3ª idade no País

Como é a vida de quem chega à terceira idade no Brasil. É o que retrata a nova série nacional e documental do canal MAX, Outros Tempos – Velhos, que estreia nesta terça-feira, 4, às 23h.

Misturando histórias de 16 idosos anônimos e também famosos, a série com oito episódios vai falar de várias questões que envolvem o mundo de quem já passou dos 60.
Para o diretor-geral Eduardo Rajabally, a série quer questionar a qualificação dessa faixa etária como a “melhor idade”. “No Brasil, muita gente fala de terceira idade de forma condescendente, como se fosse a melhor época da vida, e nós quisemos colocar isso à prova”, diz em entrevista, por telefone, ao jornal “O Estado de S. Paulo”.

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A cada episódio, são retratados dois idosos, um conhecido e outro anônimo, com vidas que parecem opostas, mas que se ligam de algumas formas. “Não queríamos que os paralelos da série fossem muito rígidos ou clichês, as pessoas não são tão preto no branco”, explica Rajabally. Em um dos episódios, por exemplo, a vida de Ney Matogrosso é comparada com a de um patriarca mais conservador. “Vemos que essas pessoas são próximas. Quisemos questionar rótulos.”

Já em outro, o público vai conhecer a história de Maria do Jongo, de 94 anos, que nunca praticou atividades físicas e adora feijoada. Ao mesmo tempo, a atriz Tânia Alves, de 67, fala sobre seu envelhecimento saudável, graças a uma profunda pesquisa sobre nutrição que começou a fazer há cerca de 40 anos.

“Qualidade de vida hoje é um produto. As pessoas não falavam disso há 40 anos, mas agora todos buscam uma vida mais longeva”, opina Tânia, que mantém uma vida ativa, com muitas idas à academia e ainda mantendo um spa há mais de 25 anos. “A gente tem que saber envelhecer, porque a outra opção é a morte, e eu ainda não me interesso muito por ela.”

A morte, aliás, é tema recorrente. No episódio de estreia, a ser exibido nesta terça, Regina Guerreiro, editora da Vogue por 14 anos, faz fotos dentro de um caixão. “Propomos para ela criar um ensaio e ela pensou em registrar a própria morte”, explica Eduardo Rajabally.

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