Fintech pode ajudar a combater o financiamento do terrorismo, diz Lagarde

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Christine Lagarde, destaca em discurso nesta quinta-feira a importância do uso de tecnologia financeira, a fintech, no combate ao financiamento do terrorismo. De acordo com Lagarde, a fintech pode identificar o fluxo financeiro dos grupos terroristas, além de ajudar a proteger sistemas financeiros contra o ciberterrorismo.

“Um bom exemplo é a tecnologia da ‘contabilidade distribuída’, que sustenta as moedas virtuais e outras aplicações. Essa tecnologia é menos vulnerável a um único ponto de falha e pode se mostrar resiliente a ciberataques porque o registro de transações existe em cópias múltiplas”, cita Lagarde em discurso preparado para reunião do Grupo de Ação Financeira Internacional (FATF, na sigla em inglês), em Valência.

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Ao apontar prioridades do FATF e do FMI, Lagarde também frisa o combate à corrupção e à evasão fiscal. Segundo a chefe do FMI, em breve o órgão irá divulgar uma nova análise que indica como a corrupção sistêmica “pode minar a capacidade de um país de crescer de forma sustentável e inclusiva”. “A enorme evasão fiscal é um fator-chave, porque ela costuma significar menos receita federal, maior dívida pública e menos investimento em saúde, educação e outros serviços públicos”, disse.

Por fim, Lagarde destaca a importância de dar suporte a países que correm risco de perder serviços bancários vitais que os mantêm conectados ao sistema financeiro global. “Essa questão tem muitas dimensões, envolvendo reguladores, a indústria financeira e os países afetados”, afirmou.

Lagarde conclui o discurso ressaltando a necessidade dos países membros do FMI se manterem unidos para promover integridade financeira e crescimento inclusivo para o benefício de todos.

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