Real Food lança projeto inédito de capacitação profissional dentro de presídio

Uma ação inédita de capacitação de mão de obra na área de gastronomia está sendo realizada pela empresa de alimentação de Santo André, Real Food Alimentação, dentro da Penitenciária Nilton Silva – Franco da Rocha II, na Região Metropolitana de São Paulo. O curso de Noções Básicas e Capacitação de Cozinha está sendo aplicado no local, inicialmente com 55 presos que já trabalham na cozinha da unidade. Todos serão certificados e poderão no futuro trabalhar na área de preparação de alimentos.

A medida, que deve ser expandida para outras penitenciárias, se tornou possível por conta de contrato firmado entre a empresa e o governo do Estado, que prevê utilização de mão de obra de internos dentro das cozinhas dos presídios. A ação, no entanto, só pode ser aplicada em unidades que contam com cozinhas no interior dos prédios.

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O curso, com duração de 18 horas, está sendo ministrado pelo gastrônomo Fausto Grupi e tem dentro da grade alguns módulos como ambientação profissional da cozinha, boas práticas de fabricação, técnicas básicas de cozinha, cozinha fria, cozinha quente e padaria.

“Certamente é bom para a empresa, porque temos um negócio lá dentro, mas também é bom para o interno. Depois de um tempo ele estará em liberdade e com esse treinamento terá uma opção a mais para seguir carreira dentro da área de preparação de alimentos”, disse Ério Gregório, gerente de RH da Real Food, em entrevista ao RDtv, na terça-feira (6/6).

A Real Food acredita que o projeto desempenha papel importante na estratégia de reabilitação da lei de Execução Penal do sistema penitenciário do Estado.

Prestes a completar 45 anos, a empresa da região é líder nacional no segmento de alimentação transportada. Apenas em São Paulo, são produzidas 27 mil serviços por dia entre desjejum, almoço, lanche e jantar. No grupo, que também abrange as filiais de Goiânia, Rio de Janeiro e Campo Grande são 60 mil serviços no total.

Ério Gregório, gerente de RH da Real Food (Foto: Raíssa Ribeiro)

“Seguimos padrão rígido de qualidade. Nossos carros, por exemplo, são preparados para fazer o transporte das refeições, de acordo com a legislação da Vigilância Sanitária. Também monitoramos a temperatura dos alimentos do momento que sai da empresa até chegar no nosso cliente”, afirma Gregório.

Na região, o restaurante Popular da Prefeitura de Mauá, por exemplo, recebe alimentação transportada da empresa, que contabiliza 90% dos clientes da esfera pública. Atualmente a Real Food conta com 670 funcionários, mas já chegou a ter 1.300, em meados de 2010.

Por conta do atual momento econômico que o País vem passando, a empresa projeta planos para o futuro. “Nossa intenção é sempre melhorar e qualificar cada vez mais. Estamos estudando projetos de diversificação”, diz o representante da Real Food, acrescentando que a ideia é sempre criar um bom laço com os colaboradores e fornecedores para ampliação do leque de atuação.

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